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UFRN | Todo apoio aos terceirizados da UFRN que paralisam contra salários atrasados por Reitoria e empresas

Reitoria da UFRN e empresas D&L e Criart, de mesmo dono, deixam mais uma vez trabalhadores terceirizados do canteiro de obras e da limpeza sem salários. É urgente que parlamentares, sindicatos, entidades estudantis, movimentos sociais, organizações de esquerda, cerquem de solidariedade essa importante luta que já se desenvolve

quinta-feira 8 de fevereiro | Edição do dia

A Reitoria da UFRN e as empresas que prestam serviço para a manutenção e limpeza, que são do mesmo dono, mais uma vez deixam seus trabalhadores sem salários. No caso da limpeza, já é o quarto mês consecutivo que os salários são atrasados. Mês a mês, as trabalhadoras da limpeza, que são em sua maioria mulheres negras, têm realizado fortes paralisações por essa reivindicação elementar.

Hoje, a UFRN acordou com a importante paralisação e manifestação ao ministério público do trabalho dos terceirizados do canteiro de obras (manutenção), que também são importantes lutadores dentro da universidade, com histórico recente de paralisações pelo pagamento de salários atrasados e retroativo. São esses mesmos trabalhadores também que já denunciaram ao Esquerda Diário as condições de trabalho a que são colocados, como terem que armazenar suas marmitas em chocadeira improvisada, receberem café da manhã, que é de responsabilidade da universidade, com cuscuz passado, por exemplo. Hoje, um trabalhador denunciou que por meses vem pagando aluguel de sua casa com juros, ocasionados pelos atrasos.

Veja também: Sem água potável e banheiro degradado, terceirizados da UFRN denunciam insalubridade no canteiro de obras

Isso acontece numa universidade rankeada como a melhor universidade do nordeste e entre as 1000 melhores universidades do mundo, com uma vasta e rica produção de conhecimento, que poderia estar se voltando a atender as necessidades dos trabalhadores e do povo pobre. Mas a estrutura de poder, como a Reitoria, faz justamente o contrário, aproveitando-se da terceirização e precarização do trabalho, para dizer que pode lavar suas mãos perante as responsabilidades trabalhistas, mesmo co-assinando cada contrato de trabalhador terceirizado dessa universidade, pela via das pró-reitorias. É inaceitável que um centro de excelência de produção de conhecimento esteja sendo conivente com essa situação, assim como avalizando a atuação dessas empresas, cujo dono já é denunciado de Santa Catarina a Fortaleza por escândalos de corrupção, enquanto tira proveito do suor de trabalhadoras e trabalhadores.

Por isso, trabalhadoras e trabalhadores terceirizados da UFRN são exemplo, porque se enfrentam contra a precariedade imposta e organizam sua luta. Nesse sentido, nós do Esquerda Diário, assim como a Faísca Revolucionária, que construímos o Comitê em Defesa dos Terceirizados da UFRN, fazemos um chamado a parlamentares, como Natália Bonavides, Brisa Bracchi, Divaneide Basílio, Isolda Dantas; sindicatos, como o Sintest da UFRN, Sinai, Sindsaúde, Sinte; entidades estudantis, como o DCE da UFRN, Centros Acadêmicos; movimentos sociais, organizações de esquerda, cerquem de solidariedade essa importante luta que mais uma vez se desenvolve.




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