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Unicamp | Reitor da Unicamp busca estreitar laços com a polícia assassina de Tarcísio

Na última quinta-feira de agosto (31) o reitor da Unicamp, Antônio Meirelles (Tom Zé), se reuniu com os principais comandantes da Polícia Militar da região de Campinas, para fortalecer e ampliar as ações colaborativas entre as duas instituições. Em mais uma medida antidemocrática da reitoria, querem colocar o conhecimento produzido na universidade a serviço da polícia racista e assassina de Tarcísio.

quarta-feira 6 de setembro de 2023 | Edição do dia

Na foto reitor Antônio Meirelles recebendo medalha comemorativa do centenário do 8º BPM pelo esforço em estreitar os laços entre a Unicamp e a Policia Militar

A parceria, que se inicia com a doação de um terreno de 5.000 m² para construir uma base dos bombeiros, vai seguir para as áreas de pesquisa, extensão, graduação e pós-graduação no modelo que hoje é feito na Universidade de São Paulo (USP). Ação que trouxe ainda mais repressão aos estudantes e trabalhadores dentro do campus. Colocando a serviço da polícia, que acabou de matar mais de 22 pessoas na chacina do Guarujá, o conhecimento produzido na universidade.

Parece que Tom Zé tem seguido a cartilha de Tarcísio para atacar e precarizar ainda mais a vida dos trabalhadores e estudantes. O reitor que criminaliza atos do movimento estudantil, ataca os trabalhadores efetivos com o ponto eletrônico e precariza ainda mais a universidade com o avanço da terceirização. Coloca agora a serviço da polícia racista o conhecimento produzido na universidade, no momento em que o governador bolsonarista de São Paulo tramita um projeto de lei para autorizar a circulação irrestrita da polícia militar dentro dos campus das universidades paulistas.

A coordenadora de vivência no campus, Suzana Durão, ressaltou “que a parceria não é operativa”. No momento pode não ser revertido em operações diretas, mas sabemos que a partir do momento que tiverem uma base dentro da Unicamp, com a circulação desse órgão racista, que serve apenas como cão de guarda da burguesia, o movimento estudantil, os estudantes e trabalhadores negros, pessoas trans serão alvos de possíveis “abordagens de rotina”.

Além do fato de todo o conhecimento adquirido dentro da universidade vai servir para que? Para as operações, como a recente chacina no Guarujá, para treinar e melhorar essa instituição que só serve para matar e reprimir a classe trabalhadora. O conhecimento produzido na Unicamp deve servir à classe trabalhadora e não aos Estados antissemitas, como com as parcerias com as universidades israelenses, nem a polícia do bolsonarista Tarcísio.

O movimento estudantil da Unicamp foi linha de frente para barrar a entrada da polícia no campus, uma conquista que agora se coloca em xeque, por isso mais uma vez se coloca a necessidade de unir o Movimento Estudantil, o Movimento Negro, os trabalhadores - hoje em greve contra o ponto eletrônico - o Núcleo de consciência trans para barrar mais esse ataque antidemocrático da reitoria, sendo linha de frente para enfrentar tanto esses ataques do Tom Zé como os ataques do governo do estado, como o Projeto de Lei para o aceso irrestrito da policia aos campus.

Uma parceria que escancara mais uma vez o caráter antidemocrático da estrutura de poder da universidade, que invisibiliza as trabalhadoras terceirizadas, impõe ataques e persegue os trabalhadores e estudantes. Por isso nesse momento é essencial que as entidades estudantis como o DCE e os Centros Acadêmicos construam desde a base, com assembleias uma forte mobilização que ao lado dos trabalhadores barre o ponto eletrônico e que não permita que o conhecimento produzido na universidade seja usado para atacar a classe trabalhadora, barrando essa parceria bizarra com esse órgão assassino.




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