×

Bloqueios bolsonaristas | Rechaçar os bloqueios do lockout patronal golpista, que já tem 300 pontos em 21 estados

21 Estados e Distrito Federal enfrentam bloqueios totais ou parciais em rodovias. São 300 pontos no país, segundo levantamento do G1: Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Tocantins, Amazonas, Acre, Roraima, Maranhão, Amapá, Paraíba e Pernambuco. No Distrito Federal, foi interditado um trecho da BR-251

terça-feira 1º de novembro de 2022 | Edição do dia
Foto: Metropoles

Trata-se de um locaute patronal golpista do bolsonarismo, com pedidos de intervenção militar, contra o resultado eleitoral do segundo turno, organizado e incentivado por empresas do agro. Atearam fogo em pneus e bloquearam a via com caminhões nos pontos da rodovia nas cidades de Rio Verde, Sorriso, Sinop e Nova Mutum, iniciadas no Mato Grosso. Nos vídeos, as falas ameaçam golpe, dizem que a eleição foi roubada e que os caminhoneiros, juntos aos latifundiários, paralisarão o país.

Uma das declarações durante o dia de hoje foi de um dono de transportadora em Santa Catarina, que já falava em vídeo em convocar mais de 300 bloqueios no país, para livrar o Brasil "da ameaça comunista" pós-vitória de Lula. Na cidade de Getúlio Vargas, no Rio Grande do Sul, o agro coloca até mesmo tratores e máquinas agrícolas nos bloqueios.

Uma carreta da Havan juntou-se aos bloqueios pró-Bolsonaro, na manhã de hoje, em Nova Santa Rita, no Rio Grande do Sul. A carreta estava adesivada com as cores da bandeira do Brasil, com a frase "O Brasil que queremos só depende de nós".

Enquanto esse setor bolsonarista tranca rodovias e ameaça parar o abastecimento de alimentos, Bolsonaro segue sem dar declaração pública sobre sua derrota eleitoral, para alentar sua base mais radical, que ele vai precisar na oposição para manter força e teve desgastes enquanto foi presidente porque há setores que ele se separou politicamente num processo de institucionalização do bolsonarismo. Assim, deixa correr os bloqueios nas rodovias como parte dessa estratégia, mas sem condições de impor qualquer tipo de intervenção militar, estando já inclusive marcado vários elementos do processo de transição. Mesmo utilizando toda a máquina do Estado ao seu favor, como a atuação da PRF e do Exército para impedir o povo de votar, foi derrotado eleitoralmente. O bolsonarismo segue enquanto fenômeno social e institucionalizado no Legislativo, montando um cenário político ainda mais à direita.

As centrais sindicais, CUT e CTB, dirigidas pelo PT e PCdoB, devem organizar a luta em cada local de trabalho, unificando trabalhadores com a juventude e os setores oprimidos para barrar essas ações reacionárias do bolsonarismo. É esse o caminho, e não confiando no judiciário ou nas alianças com a direita, como faz Lula-Alckmin, que iremos derrotar a extrema direita. Frente aos bloqueios, os moradores de São Mateus, no Espírito Santo, bravamente dissolveram os bloqueios com sua própria força. E os trabalhadores do estaleiro da BrasFels em Angra dos Reis, Rio de Janeiro, saindo famintos do fretado lotado após um dia inteiro de trabalho, desinterditaram trecho da Rio-Santos na noite de ontem. É um exemplo de que esse será o caminho necessário para derrotar o bolsonarismo, que seguirá atuando como força social mesmo fora do governo federal, e para impor a revogação de todas as reformas e ataques que impoem o desemprego e a fome.




Comentários

Deixar Comentário


Destacados del día

Últimas noticias