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Frente Ampla | PL, Partido de Bolsonaro, é o maior beneficiário de recursos de emendas liberados por Lula em 2023

Governo Lula-Alckmin distribuiu mais de R$ 2,7 bilhões em emendas individuais indicadas por parlamentares da sigla bolsonarista.

sexta-feira 5 de janeiro | Edição do dia

O Partido Liberal (PL) foi o maior beneficiário da liberação de emendas parlamentares em 2023.Segundo dados presentes no portal Siga Brasil, o governo federal empenhou mais de R$ 2,7 bilhões em emendas individuais indicadas por parlamentares da extrema-direita. No ranking de maior montante de emendas por partido, figura na segunda posição o Partido Progressistas (PP), com R$ 2,08 bilhões.

Fonte: Jornal Metrópoles

Os dados utilizados no levantamento provêm do portal Siga Brasil, que é mantido pelo Senado Federal, e contemplam atualizações até a primeira quinzena do mês de dezembro. Os valores consideram a fase de empenho, quando o Executivo reserva o dinheiro, procedimento que antecede a liquidação e o pagamento.

Em 2023, o governo federal empenhou R$ 32,1 bilhões em emendas. Desse total, cerca de R$ 19,7 bilhões são individuais. O valor restante se distribui entre emendas de bancada (R$ 6,8 bilhões) e emendas de comissão (R$ 5,5 bilhões).

Ainda, o maior valor liberado em um único dia ocorreu em 5 de julho, época em que o governo atuava para viabilizar a votação do neoliberal arcabouço fiscal e da reforma tributária de Haddad além da retomada do voto de qualidade do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).

Na data do maior volume de recursos empenhados, foram R$ 5,3 bi liberados. Entre os dias 3 e 7 de julho, o governo federal disponibilizou cerca de R$ 8,6 bilhões em emendas parlamentares que em sua maior parte forma para partidos da extrema-direita

Outra ocasião com grande volume de liberações ocorreu no fim do mês de março, em meio às expectativas pela votação do projeto do Marco Temporal e da medida provisória que reorganiza a Esplanada dos Ministérios. Assim, entre 29 de maio e 6 de junho, o governo liberou R$ 1,9 bilhão em emendas parlamentares.

Essas são demonstrações de como a política da conciliação de classes do governo Lula-Alckmin atua dentro do sistema burguês, ela só consegue ser operante com o fortalecimento da extrema-direita e com a aplicação de ataques contra o conjunto da classe trabalhadora com o arcabouço fiscal, a reforma tributária e o marco temporal. Por isso, apenas uma política que não abre brechas para a direita pode levar até final uma política que de fato defenda os interesses dos trabalhadores.




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