Em mais um momento patético, Abraham Weintraub, ex-ministro da Educação de Bolsonaro, usou um gráfico para “provar” o aumento da perseguição aos conservadores no Brasil. Mas o gráfico não tem nada a ver com as supostas perseguições: na verdade é um gráfico genérico do verbete da Wikipédia sobre… gráficos.
quarta-feira 8 de setembro de 2021 | Edição do dia
Imagem: Reprodução/ redes sociais
Na publicação feita no Twitter, ex-ministro da Educação alega que a representação mostra “evolução do número de prisões arbitrárias, violações de lares e processos inconstitucionais contra conservadores”. Veja:
Gráfico com a evolução do número de prisões arbitrárias, violações de lares e processos inconstitucionais contra conservadores.
Vai piorar... pic.twitter.com/wgKcITbOfP— Abraham Weintraub (@AbrahamWeint) September 6, 2021
Ou seja, Weintraub teve a cara de pau de usar um gráfico genérico da Wikipedia, perdendo mais uma vez a chance de ficar calado e não cometer mais uma de suas gafes bolsonaristas, colocando mais uma fake news na conta dessa banda reacionária e golpista. Veja aqui a fonte original do gráfico usado pelo ex-ministro.
Weintraub, durante o tempo que ocupou o cargo de Ministro da Educação, seguiu depredando por mais de um ano a educação brasileira, sendo firme com agenda de destruição do MEC, levando adiante cortes em verbas essenciais para manutenção das UFs e projetos liberais que apontavam a privatização da educação, como o Future-se, com o objetivo de golpear a autonomia das instituições de ensino, e antes de sair definitivamente, deixou seu último lastro de destruição ao revogar a portaria n° 13 do MEC, que afirmava a inclusão de negros, indígenas e deficientes na pós-graduação. Após sair do MEC, Weintraub foi indicado para uma vaga no Banco Mundial, com salário aproximadamente R$116 mil (4x o salário de um ministro), um salário que é uma verdadeira compensação pelos os ataques que realizou enquanto estava no ministério.
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