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Nova Fase do Genocídio | Israel assassina 2º líder do Hamas em ataque no Líbano e afirma que seguirá ofensiva em 2024

Israel inicia nova fase de sua ofensiva genocida contra o povo palestino, se preparando para estender o conflito pela região e ao longo do ano de 2024 enquanto enfrenta crise política interna.

terça-feira 2 de janeiro | 23:38

O ano virou e a ofensiva genocida do Estado sionista de Israel contra o povo palestino na Faixa de Gaza contínua. Nem mesmo durante o ano novo e o natal os bombardeios tiveram trégua. Jerusalém, cidade símbolo religioso de judeus e árabes, assistiu centenas de palestinos civis em campos de concentração com idosos e crianças nuas, sendo torturados pelos soldados israelenses, remontando as cenas imperdoáveis do holocausto nazista contra os judeus, durante umas das principais datas de comemoração cristã. Os montantes dessa barbárie capitalista já somam cerca de 21.978 palestinos assassinados, e 250 reféns sob a custódia de Israel.

Em recente declaração Israel informou ao mundo que passará sua ofensiva racista e colonialista para uma nova etapa, realizando retorno tático de algumas tropas que ocupam a faixa de Gaza. A mídia burguesa internacional vem propagando que seria uma “retirada de tropas da faixa de Gaza”, como um sinal de recuo. Mas o próprio Estado de Israel nega categoricamente o fim da “guerra”, ao contrário, reafirma que as movimentações de tropas sendo realizadas é justamente um planejamento para alargar a ofensiva militar região, se preparando para se estender no tempo, pois as operações militares irão continuar “ao longo de todo” ano de 2024.

Ainda que os bombardeios, o genocídio e a barbárie da crise humanitária na Faixa de Gaza por parte de Israel estejam elevando os termometros da luta de classes no oriente médio, que podem estar colocando limites para ofensiva isralense e fortalecendo a resistência palestina, eventos recentes demonstram que Israel se prepara para expandir o conflito na região e não arrefece-lo.

Entenda a nova fase da ofensiva de Israel

Ações de solidariedade palestina seguem por todo o mundo, com importantes de greves gerais na Jerusalém Oriental, Cisjordânia, Líbano e Jordânia, além de uma recente manifestação massiva com centenas de milhares no Iêmen e uma massiva mobilização nos Estados Unidos em meio a temporada festiva de final de ano. Esses são exemplos do pavio em chamas ascendido por Israel que deixa tudo ainda mais complexo diante das eleições presidenciais norte-americana de 2024.

Porém as preocupações militares de Israel começam a ter de escalar para outros países próximos da região. Recentemente os houthis, outro grupo paramilitar nacional-fundamentalista do Iêmen, vem atacando navios israelenses no Mar Vermelho, ponto estratégico de abastecimento e logístico do estado Sionista. Por outro lado, o anúncio do recuo de algumas das tropas reservistas veio acompanhado da explicação de que esforços militares poderão ser necessários e requisitados em outros pontos de conflito que poderão ser abertos durante o ano, tratando-se de uma preparação para o estender dos conflitos militares, liberando unidades no caso de um conflito mais amplo no norte com o grupo libanês Hezbollah.

Horas depois desta declaração, Israel ataca o Líbano com drones, assassinando Saleh al-Arouri, segundo líder mais importante do Hamas que estava em exílio neste país. Israel pode ter atingido uma visível conquista militar com mais este ataque terrorista a um país vizinho, mas vem com o alto preço de acumular hostilidades geopolíticas.

Enquanto isso, em Israel, a crise política que ameaçava Netanyahu antes do desencadear da ofensiva contra Gaza, segue internamente, colocando mais instabilidades políticas a um governo profundamente questionado pela população judia. A Suprema Corte de Israel derrubou, na segunda-feira dia 1 de janeiro, um controverso plano governamental do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu para limitar os poderes do judiciário, numa medida que reacendeu tensões políticas no país. A lei vetada pela corte é elemento-chave de uma revisão do sistema judiciário que provocou uma divisão profunda da sociedade israelense e motivou meses de protestos.

Biden, por sua vez, liderando os EUA, principal força imperialista que apoia e oferece suporte militar, econômico e logístico a Israel, segue pressionado pelas eleições de 2024 e hipocritamente passou a tecer críticas modestas ao genocídio contra as operações de colonização da Faixa de Gaza e expulsão do povo palestino. Segundo a própria ONU, 85% da população de Gaza foi deslocada para o sul, sentido a fronteira com o Egito e a situação humanitária é crítica, enquanto os bombardeios continuam.

Por fim, a ofensiva de Israel parece estar longe de acabar. Avançar e ocupar o território palestino é mais complexo do que o genocídio aéreo através dos bombardeios. De toda forma o números de assassinados por Israel já foi o suficiente para marcar internacionalmente toda uma geração que olha para a verdadeira face da barbárie capitalista. Um novo protesto internacional está sendo convocado para o dia 13 de janeiro. A luta pelo cessar fogo imediato, retirada das tropas de Israel e por uma Palestina livre do rio ao mar deve continuar.




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