Ministro da Justiça Flávio Dino anunciou quase 1 bilhão de reais para as forças repressivas do estado até 2026. Sob a justificativa de combater as organizações criminosas na lógica da guerra às drogas, que no fundo não responde a um problema de saúde pública, o resultado é ainda mais controle sobre a população pobre, morte de inocentes e chacinas contra a população negra para defender os interesses capitalistas. R$20 milhões foram liberados no pacote para o estado da Bahia, governado por Jerônimo Rodrigues do PT, estado que tem a polícia mais letal do país. Dino anunciou também o uso da Força Nacional no RJ.
quarta-feira 4 de outubro de 2023 | 17:57
Governo Lula/Alckmin, por meio do ministro da Justiça Flávio Dino, anunciou um pacote de R$900 milhões para a compra de blindados, helicópteros, contratação de efetivo policial e armas para a chamada guerra às drogas e o combate à violência produzida pelas próprias conjunturas do capitalismo. O resultado já é conhecido há muitas décadas, mais mortes e encarceramento da população negra, impunidade às execuções e assassinatos, inclusive de crianças.
Foram liberados R$20 milhões para a repressão no estado da Bahia, que, sob o governo do PT, ampliará ações policiais do tipo que mataram 52 pessoas somente em setembro. Flávio Dino anunciou, nesta segunda-feira (2) também o uso da Força Nacional no Rio de Janeiro, estado onde a população das periferias sofre cotidianamente com toque de recolher e chacinas muitas vezes à luz do dia.
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A guerra às drogas, na verdade, é uma guerra do estado capitalista racista para disciplinar a população negra e pobre nas favelas para levar à frente o encarceramento e execução dessa população. É preciso ocupar as ruas contra as chacinas e lutar pela legalização das drogas, sem moralismos, para que o que hoje é visto como um problema de segurança pública, implementado pelo estado racista, seja visto como um problema de educação e saúde pública, para que a população tenha liberdade de decidir conscientemente o que consumir e para que os dependentes químicos tenham atendimento de saúde adequado para se livrarem dos vícios, estes que também estão à serviço do estado e dos interesses capitalistas.
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A Frente Ampla e a política de conciliação de classes do governo Lula/Alckmin é o que abre ainda mais espaço para a extrema direita. É preciso batalhar por uma tradição de independência de classe na esquerda, por uma frente única operária capaz de parar o país contra as chacinas, as privatizações e as reformas do regime do golpe de 2016.
