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Não ao PLC 259! | Eduardo Leite quer aumentar os descontos para vender o IPE-Saúde, é preciso massificar a luta!

Todos e todas às ruas nesta terça-feira (20) contra o desmonte do IPE-Saúde! Por uma campanha contundente dos sindicatos nos meios de comunicação e plenárias em cada local de trabalho para massificar a luta!

segunda-feira 19 de junho de 2023 | Edição do dia

Ano após ano Eduardo Leite vem deixando de repassar as verbas necessárias do IPE-Saúde, e agora afirma que o sistema opera em prejuízo mensal de 36 milhões. Propõe que essa dívida que o estado mesmo criou seja paga pelos servidores, que têm adoecido com condições de trabalho cada vez mais precárias. Na educação vemos salas superlotadas e um grau de adoecimento cada vez mais grave das famílias e dos alunos, principalmente após a pandemia, mas também devido à crise criada pelos capitalistas e descarregada sobre os trabalhadores nos últimos anos.

Lutar pela manutenção do IPE-SAÚDE se tornou um caso de vida ou de morte para muitos trabalhadores e trabalhadoras que estão tendo que vender o pouco que conquistaram na vida para pagar por exames e tratamentos caros que o instituto não cobre mais. Além disso, a qualquer momento a Assembleia Legislativa do RS irá votar o PLC 259, que prevê um aumento absurdo nas alíquotas de quem mais precisa, aposentados e dependentes.

O intuito do governo Leite está muito evidente: esvaziar o IPE-Saúde dos setores mais empobrecidos para encaminhar as vias de privatizar o instituto. Quer tornar o IPE atrativo para empresários dos planos de saúde com altas mensalidades.

O IPE-Saúde atende mais de um milhão de servidores e não é um plano de saúde, pois não visa lucro, é uma autarquia, instituto público mantido 50% pelos servidores e 50% pelo estado, isso é chamado de paridade. O PLC-259 que está para ser votado prevê também o fim desta paridade e isso significa o aumento astronômico dos descontos. É preciso lutar por um IPE gratuito, 100% mantido pelo estado e controlado pelos trabalhadores e usuários. Que os recursos sejam captados dos grandes empresários sonegadores e das isenções fiscais bilionárias que o estado concede a esses empresários.

Leite coloca à frente de tudo, inclusive da saúde de mais de um milhão de servidores, o Regime de Recuperação Fiscal. Para honrar com uma fraudulenta dívida com a União, quer vender nossa saúde, nosso instituto de saúde. A dívida que o estado tem é, na verdade, com os trabalhadores, muitos que estão sem reajuste e sob regime de trabalho terceirizado e precário, além disso funcionários e funcionárias não tiveram reposição salarial alguma.

Se Leite é responsável por esta política neoliberal, as direções sindicais são responsáveis por organizar a luta para barrar este brutal ataque! Foram realizadas plenárias unificadas pelo estado todo, mas isso é ainda muito insuficiente frente ao tamanho do ataque, é preciso massificar essa luta. Em cada local de trabalho, exigir que nossas direções sindicais construam uma campanha forte na televisão e em outras mídias, além de colocar toda a estrutura dos sindicatos a serviço de mobilizar a base do conjunto dos servidores públicos do RS para construir uma grande assembleia geral unificada e erguer uma luta capaz de parar o estado.

O CPERS Sindicato, que é o maior entre os sindicatos do RS, pode exercer um papel fundamental na construção desta luta, no entanto, a direção central, com membros do PT, do PCdoB e do PDT, faltando dois dias para a audiência pública sobre o IPE-Saúde divulgaram um chamado para uma assembleia geral unificada neste dia 14, que foi uma assembleia vazia e que muitos trabalhadores sequer ficaram sabendo da sua realização. Isso não corresponde com a construção da mobilização das forças necessárias para combater este tremendo ataque e demonstra como esta direção central está mais preocupada em refiliar o sindicato à CUT do que construir a luta. Neste dia 20 de junho a Assembleia Legislativa do RS indicou colocar este PLC 259 em pauta e, apesar das direções sindicais, a base começou a se auto organizar. É preciso massificar essa luta e construir pela base uma paralisação muito maior.

Nós, do Movimento Nossa Classe, exigimos uma posição mais contundente das direções do CPERS e demais sindicatos pela construção da campanha necessária contra o desmonte do IPE-Saúde no estado inteiro, confiando somente nas forças da nossa classe para barrar esse atentado à saúde das nossas categorias. Lutemos por plenárias em cada local de trabalho, organizando representantes sindicais da base para isso, para construir uma grande assembleia unificada, essa sim massiva para erguer uma luta capaz de parar o estado contra o desmonte do IPE-SAÚDE!




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