Nesta quarta-feira (27), enfim, acontecerá a Assembleia Geral dos Estudantes. Essa assembleia ocorre no 14º dia da greve dos Técnicos Administrativos da Educação da UFABC que se soma a mais de 59 universidades e institutos federais em greve contra o arrocho salarial do governo Lula-Alckmin imposto pelo Arcabouço Fiscal. Além da greve dos educadores do munícipio de SP e as assembleias de professores da UFABC que como parte do Andes seguem a discussão sobre uma greve nacional. Nós da Faísca Revolucionária apresentamos 5 propostas aos estudantes para fortalecer a luta pela nossa permanência estudantil SEM precarização.
quarta-feira 27 de março | Edição do dia
Na segunda-feira (25), nós da Faísca Revolucionária passamos nas salas de aula no campus de SBC com um material explicando para os estudantes a importância do nosso apoio a greve dos TAEs da UFABC, e debatendo sobre a contradição do DCE, atualmente dirigido majoritariamente pelo Correnteza junto com o PSOL (MES e Travessia) e o PCB-RR, de convocar uma Assembleia no mesmo dia que os TAEs estão debatendo de fazer uma primeira manifestação da greve no campus de Santo André.
Como parte das batalhas que viemos travando por forjar um movimento estudantil independente dos governos, inclusive Lula-Alckmin, e das reitorias, fizemos um vídeo explicando os métodos do movimento estudantil de Assembleias, greves, paralisações e ocupações para demonstrar a forma burocrática com qual a gestão do DCE aparelha a nossa entidade estudantil e impede com que se desenvolva uma verdadeira mobilização capaz de se enfrentar com o Arcabouço Fiscal, que é um mecanismo desenvolvido diretamente pelo governo de Lula-Haddad, que proíbe o reajuste salarial dos TAEs e impede a recomposição orçamentária das universidades, que sofre cortes desde a Patria Educadora de Dilma em 2014, aprofundando nos governos Temer e Bolsonaro e se mantém no atual governo de frente ampla, que recentemente aprovou a Nova Reforma do Ensino Médio, um ataque profundo a educação que é comemorado pela direção da UNE, e silenciado pelos que se dizem "Oposição", como a gestão atual do nosso DCE.
Para enfrentar essa situação propomos para os estudantes defenderem conosco na Assembleia de hoje:
1) Realizar um ato pós assembleia em apoio a greve dos TAs, como forma de nos conectar profundamente a luta heróica que estão levando adiante, expressar nossa solidariedade e não permitir as tentativas de separar as nossas lutas, o que só fortalece o governo, a Reitoria e as políticas burocráticas do DCE.
2) Assembleias de curso para fortalecer na base a discussão sobre as nossas pautas e porque a greve é o único caminho. Uma vez que a Assembleia Geral foi convocada as pressas, de segunda para quarta, sem um verdadeiro processo de construção nas bases, dialogando com os estudantes e incentivando a sua participação, acreditamos que essa Assembleia Geral deve rever esse método burocrático que trata as Assembleias com imensa formalidade, e incentivar um retorno a base dos alunos, podendo recolher as pautas mais sentidas de cada curso e desde baixo construir a mobilização;
3) Que a nossa luta tenha uma consigna de mobilização que fortalece nossa unidade e aponte um caminho de mobilização independente do governo e da Reitoria: Enfrentar juntos aos TAEs o arcabouço Fiscal de Lula e Haddad para arrancar a recomposição INTEGRAL do orçamento das universidades, garantindo aumento dos TAEs, efetivação dos terceirizados e contratação de professores.
4) Formar um comando de Mobilização com representantes das entidades e coletivos aberto a todos os estudantes dispostos a realizar passagens em sala, a distribuição de um material comum para convocar as Assembleias de Curso e uma Nova Assembleia Geral.
5) Realizar uma paralisação de 1 (um) dia na UFABC, nos cursos que estiverem mais mobilizados, como parte do processo de construção da greve, para apoiar a greve dos TAEs e apresentar as reivindicações de permanência estudantil.
6) MOÇÃO Contra o PL da uberização. Plenos direitos aos trabalhadores por aplicativos
Gostou?
Vem com a Faísca construir um movimento estudantil combativo que esteja aliado dos trabalhadores de dentro e de fora da universidade para juntos enfrentarmos a extrema-direita e os ataques sem conciliação.
