Por 23 votos contra 11, relatório do projeto que busca alteração para o voto impresso foi rejeitada na Câmara. Ainda assim, o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL) disse que pode levar o texto para votação no plenário.
sexta-feira 6 de agosto de 2021 | Edição do dia
Foto: Pablo Jacob/Agência O Globo/22-06-2021
A pauta bolsonarista do voto impresso, insuflada pelas constantes declarações golpistas de Bolsonaro de não reconhecimento das eleições, sofreu uma derrota na noite de ontem ao ter o relatório favorável a PEC rejeitado pela comissão especial da Câmara.
Pelo placar de 23 a 11, a comissão rejeitou o parecer do deputado bolsonarista Filipe Barros (PSL-PR). Orientaram voto contra a proposta os partidos PT, DEM, PL, PSD, MDB, PSDB, PSB, Solidariedade, PSOL, PC do B, PV e Rede.
O Cidadania, legenda que se manifestou contra na reunião de junho, liberou seus deputados. O PP de Lira e do recém-nomeado ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, e o PSL orientaram sim, apesar de também terem se oposto à mudança no encontro de junho. Dos partidos que não participaram, o Novo liberou a bancada, enquanto PTB e Podemos orientaram sim.
Diante da derrota, Lira ainda expressou que pode levar o texto para votação no plenário hoje, lembrando que as comissões especiais são opinativas, não terminativas. "Elas sugerem um texto. Mas qualquer recurso pode fazer [ir a plenário]. Então é importante que a gente tenha calma nesta hora."
Lira também se movimenta junto a Ciro Nogueira (PP), recém empossado como ministro da Casa Civil, para chegar a algum meio termo que agrade Bolsonaro e diminua a crise institucional com o STF.