Os trabalhadores da GM aprovam greve por tempo indeterminado contra as demissões covardes que a patronal vem promovendo. Até agora a empresa não informou quantos trabalhadores foram demitidos, mas há confirmações de que entre eles estão mulheres grávidas e pessoas com problemas de saúde.
segunda-feira 23 de outubro de 2023 | Edição do dia
Neste sábado, dia 21, trabalhadores da GM de São José dos Campos, Mogi das Cruzes e São Caetano do Sul foram surpreendidos com o recebimento de telegramas em suas casas comunicando sua demissão. Como resposta, os trabalhadores das tres unidades organizaram assembléias junto ao Sindicato de Metalúrgicos de São José dos Campos e o Sindicato de Metalúrgicos de São Caetano do Sul para deflagrar greve por tempo indeterminado contra as demissões.
A GM alega cinicamente que os cortes foram necessários por causa da queda nas vendas e nas exportações de veículos. E que tomou a decisão após outras tentativas de ajustes, como a suspensão temporária de contratos de trabalho (layoff) e propostas de PDV (Programa de Demissão Voluntária), que foram rejeitados pelos trabalhadores. A GM está punindo os trabalhadores por terem impedido essas medidas que na verdade são ataques aos trabalhadores.
A alegação de problemas financeiros por queda de vendas é uma falácia. A GM é uma multinacional bilionária, que busca na realidade fazer uma reestruturação produtiva e aumentar suas taxas de lucro através de atacar os direitos e os empregos dos trabalhadores, avançando na precarização e terceirização do trabalho. Se a empresa afirma problemas financeiros, ela precisa provar abrindo seus livros de contabilidade e mostrando a lucratividade dos acionistas para que fique claro para onde o dinheiro está indo. O ataque que a GM quer implementar se soma ao conjunto de ataques que Tarcisio de Freitas está buscando com as privatizações e precarização do trabalho na educação, no Metrô e na Sabesp. Nesta segunda-feira, dia 23, ocorrerão assembleias nas unidades da GM para que os trabalhadores definam os rumos da sua luta.
Nós do Esquerda Diário e do Movimento Nossa Classe prestamos toda nossa solidariedade à greve dos trabalhadores da GM e nos colocamos a disposição para fortalecer todas as medidas que os trabalhadores tomarem contra este ataque covarde da patronal. Os sindicatos, movimentos sociais e as principais centrais sindicais do país, como a CUT, precisam colocar sua força em ação para barrar as demissões na GM. Trabalhadores da GM, sua luta é nossa luta!
Toda solidariedade aos trabalhadores da GM!
Nenhuma demissão!
