Relatório da PF afirma que Bolsonaro não cometeu crime de prevaricação no caso da compras das vacinas da Covaxin. O relatório ainda diz que considera desnecessário que o presidente seja interrogado.
segunda-feira 31 de janeiro de 2022 | Edição do dia
(Foto: Marcos Côrrea/PR)
O relatório foi enviado a ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal. A afirmação de que é desnecessário a interrogação de Bolsonaro vem em um momento onde o presidente vive atritos com o STF, e em especial com o ministro Alexandre de Moraes, em torno a ordem de que o presidente deponha, em outro caso. Bolsonaro desacatou a determinação.
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O caso Covaxin foi denunciando na CPI da Covid pelo deputado Luis Miranda (DEM) e seu irmão Luis Ricardo Miranda, então chefe da divisão de importação do Ministério da Saúde.
Segundo o depoimento dos dois, eles teriam feito uma reunião com Bolsonaro para avisa-lo de suspeitas na compra da vacina indiana Covaxin. O então chefe do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP), também foi indicado diretamente como estando envolvido no caso.
O crime de prevaricação teria ocorrido pois, mesmo com esta denúncia, Bolsonaro não acionou nenhum órgão nem buscou levar a frente nenhum tipo de investigação.
A PF tem sido um importante polo para blindar Bolsonaro contra acusações. Retribuindo o favor, Bolsonaro prometeu reajuste salarial para policiais federais, enquanto mantém congelado os salários das outras categorias de servidores federais.
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