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Argentina | Que a paralisação nacional seja o início de um plano de luta até derrotar o ajuste, o mega DNU e a Lei ómnibus

Esta quarta feira está ocorrendo a paralisação nacional convocada pela CGT e CTA. Começou às 12hrs, com uma mobilização que irá se dirigir ao Congresso Nacional. Se espera que a mesma seja massiva, dada a decisão das organizações sindicais de mostrar sua força nas ruas.

quarta-feira 24 de janeiro | Edição do dia

Foi chamada pela CGT (Confederação Geral do Trabalho) e pela CTA (Central de Trabalhadores da Argentina). O funcionamento normal do transporte até as 19 horas coloca limites na paralisação e na mobilização que, ainda assim, será importante.O sindicalismo combativo, a assembleias populares, organizações sociais e a esquerda irão marchar em um bloco independente que se concentra entre as ruas Rivadavia e Paraná, exigindo continuidade das medidas de luta. É necessário manter o estado de alerta e mobilização, garantindo uma nova paralisação,com mobilização e piquetes no dia que se tramitar a Lei no congresso.

Esta quarta feira está ocorrendo a paralisação nacional convocada pela CGT e CTA. Começou às 12hrs, com uma mobilização que irá se dirigir ao Congresso Nacional. Se espera que a mesma seja massiva, dada a decisão das organizações sindicais de mostrar sua força nas ruas.

De toda maneira, a decisão dos sindicatos do transporte - em acordo com a CGT - de funcionar normalmente até as 19hrs coloca limites à medida. Por um lado, debilita a paralisação, no marco que implica que os próprios trabalhadores do transporte não poderão paralisar com toda a força. Ao mesmo tempo, isto implica que os setores informais ou sem direitos sindicais tão pouco possam participar da paralisação por causa da coação que exercem as empresas e as patronais. Isso, logicamente, também limita a força da mobilização.

Foi precisamente por isso que a partir dos setores combativos do transporte e da Frente de Esquerda foi proposto publicamente que funcionasse um esquema de emergência, destinado somente a garantir a massividade da mobilização.

Apesar destes limites, a paralisação expressará um forte repúdio às políticas de ajuste que vem levando adiante o governo com o aval das grandes patronais e o Fundo Monetário Internacional. Um ajuste que está concentrado no Caputazo (em referência ao nome do ministro da economia, Luis Caputo), o mega DNU (Decreto de Necessidade e Urgência, documento assinado por Milei que busca revogar por decreto mais de 300 itens da legislação argentina,incluindo direitos históricos da classe trabalhadora), a Lei Ómnibus (lei que visa garantir ainda mais benefícios aos ricos, em detrimento dos setores mais pobres) e o protocolo repressivo de Patricia Bullrich (protocolo reacionário que busca perseguir a organização política e a mobilização social). É preciso enfrentar e derrotar esse plano de ajuste em seu conjunto.

No congresso, a oposição patronal colaboracionista vem negociando com o governo a Lei Omnibus. Querem apresentá-lo como uma forma de colocar limites a Milei. Isso é falso. É uma negociação onde se discutem diversas formas de fazer com que o povo trabalhador pague o ajuste.

O peronismo, por seu lado, rechaça essas medidas de ajuste, mas se prepara para utilizar estas mobilizações para se recuperar da derrota política que sofreu nas eleições. Esta quarta-feira, várias de suas principais figuras estarão nas ruas. Sem embargo, a estratégia política consiste em apostar no desgaste do governo de Milei e não em derrotar o ajuste agora,com a mobilização e a luta nas ruas.

Sem embargo, essa política permite que o ajuste avance e que se degradem as condições de vida das grandes maiorias operárias e populares, e também, das classes médias empobrecidas. É necessário frear o ajuste agora, não esperar quatro anos para “tirar Milei nas urnas”. Esta foi a estratégia seguida diante do governo Macri desde o final de 2017 e, entre outras coisas, permitiu um novo salto no roubo nacional com o endividamento com o Fundo Monetário Internacional, assumido meses depois.

O sindicalismo combativo, assembleias populares, organizações sociais e de desempregados independentes e a esquerda se mobilizaram em um bloco independente. Entre outras questões colocam que é necessário que a paralisação siga em um plano de luta que cresça até derrotar completamente o ajuste.

Diante da discussão da Lei Ómnibus, é necessário manter o estado de alerta e mobilização. Exigir às centrais sindicais que tenha paralisação ativa no dia que a Lei for tramitada, com mobilização e piquetes, se realmente queremos um plano de luta para derrotar todos os ataques.

Milei e as grandes patronais se propõem a formatar o país regressivamente, contra os interesses da classe trabalhadora, o povo pobre e a classe média arruinada. É necessário derrotá-los nesta primeira batalha. É preciso para-los, com a luta nas ruas e organizando uma grande luta nacional. Se avançam agora, logo virão por mais.




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