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Denúncia | “Podemos não ter emprego amanhã, demitidos do dia pra noite” denuncia trabalhadora da Funcamp na saúde sobre demissões nos Almoxarifados

Funcionária da Funcamp do Almoxarifado da saúde denuncia que no dia 22/01 foi feita uma reunião em seu setor com o tema da troca da empresa que assumirá o contrato de terceirização dos almoxarifados com a Unicamp. Estão previstas centenas de demissões. É preciso lutar contra a terceirização dentro e fora da Universidade.

segunda-feira 26 de fevereiro | Edição do dia

Como já visto em outros momentos da história a Funcamp segue sendo a porta de entrada da terceirização na Unicamp, atuando supostamente como uma entidade sem fins lucrativos, sabemos como na verdade a Fundação é parte fundamental do projeto de precarização e privatização da Universidade. Tocado neste momento pela reitoria demagógica de Tom Zé que se diz democrático, mas que persegue politicamente estudantes que lutam em defesa do povo palestino com processos de sindicância e que se orgulha de ter o IFood e sua uberização como “empresa filha” da Unicamp.

Veja aqui:

Após a visita de outras empresas interessadas no pregão que definiria a concessão da administração do almoxarifado e o repasse de verba pública para o capital privado, o mesmo ocorreu no dia 23/03. No entanto, circula informalmente a informação de que o processo foi impugnado devido a realização de acordo com a antiga lei de licitações, além de outras irregularidades encontradas.

Segundo relatos de outros trabalhadores, que já estão há mais anos vivendo nessa dinâmica de terem que mudar de empresa ou até mesmo de emprego com o fim dos contratos via Funcamp, apesar de ser algo que já acontece há bastante tempo, nunca antes foi algo tão recorrente. Ou seja, estamos vendo o aprofundamento da terceirização e privatização da Universidade pelas mãos dessa reitoria demagógica que se diz democrática, mas que não pensa duas vezes antes de permitir a demissão de centenas de trabalhadores para “reduzir seus gastos”.

“O clima de incerteza paira o ambiente de trabalho, todos estão procurando um novo emprego”, e assim estão sendo os dias dos trabalhadores que não sabem se no mês que vem poderão sustentar a si e suas famílias, é uma situação revoltante! E ainda por cima as informações não são compartilhadas honestamente com todos”.

Essa é uma triste realidade dos trabalhadores da saúde, que há muito tempo convivem com os processos de terceirização implementados pela reitoria. Inclusive, com a terceirização de postos como técnicos e enfermeiros, médicos, e do administrativo. São vários trabalhadores realizando a mesma função de efetivos, mas com muito menos direitos.

Assim como nos bandejões, nos serviços de limpeza, pintura, etc. e agora nos almoxarifados a terceirização avança, muitas vezes com a Funcamp como porta de entrada, e mostra que tem cor e tem gênero. Uma maioria de mulheres, de mulheres negras, sofrendo diariamente com salários rebaixados, condições cada vez piores de trabalho, demissões e a segregação na Unicamp, tratadas como trabalhadoras de segunda categoria.

Basta! É inaceitável a divisão entre efetivos e terceirizados na Universidade, divisão esta que serve somente ao projeto privatista da reitoria e do governo reacionário de extrema direita do asqueroso Tarcísio de Freitas. O Nossa Classe encara como fundamental travar uma luta decidida contra a terceirização dentro e fora da Unicamp, batalha que deve ser encampada pelo STU, pelo DCE e todas e todos os lutadores, batalhando contra as demissões e pela efetivação de todos os funcionários terceirizados e Funcamp sem a necessidade de concurso público. IGUAL TRABALHO, IGUAL SALÁRIO!

Contra esse projeto da reitora, os estudantes da Unicamp organizaram o Comitê em Defesa das Terceirizadas para apoiarem a luta das trabalhadoras do bandejão (como a greve do bandejão de Limeira em 2022) e hoje seguem com essa importante iniciativa. Sua próxima reunião será amanhã (26/02) às 19h e nós do Nossa Classe nos somaremos à essa importante iniciativa.

Caso queira enviar uma denúncia anônima para o Esquerda Diário envie mensagem para 11 98237-0000, que publicaremos seu relato.




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