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DEMISSÕES E AJUSTES | PPE tem adesão de 37 empresas até agora e custo mensal de R$ 96 milhões para o governo

O ministro do Trabalho, Miguel Rossetto, informou nesta sexta-feira, 27, que 37 empresas já aderiram ao Programa de Proteção ao Emprego (PPE), medida do governo federal que permite a redução do jornada de trabalho dos funcionários em até 30%, com diminuição salarial no mesmo nível, sendo que metade da perda salarial será compensada pelo governo, com recursos tirados do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

sábado 28 de novembro de 2015 | 00:01

Segundo Rossetto, as 37 adesões afetam um total de 32.664 trabalhadores. Os números, que estão atualizados em relação aos últimos que foram divulgados pela presidente Dilma Rousseff no dia 19, foram apresentados pelo ministro na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, dirigido pela CUT. Ainda de acordo com ele, há outros 43 pedidos em análise para participar do PPE, que, se aceitos, atingirão mais 10.442 trabalhadores. Com o programa, o governo gasta, por mês, R$ 96,516 milhões. Levando em consideração os pedidos em análise, os gastos subiriam em mais R$ 25,280 milhões. "Com o PPE, os recursos do FAT, que geralmente são usados para custear o seguro-desemprego, estão financiando o emprego, em vez de financiar o desemprego", disse o ministro, demagogicamente, para um plateia de sindicalistas.

Na semana passada a presidente Dilma sancionou o projeto de lei que institui o PPE, portanto ele passa a valer de fato enquanto programa, apesar da burocracia sindical ligada ao governo já o ter implementado em alguns locais de trabalho, como na Volkswagen. Esse programa, apesar de ter sido criado e aprovado com um discurso de garantir o emprego do trabalhador, na realidade serve apenas para garantir que as empresas possam seguir explorando cada vez mais os trabalhadores para que possam manter seus lucros nesse período de crise econômica, e faz isso com recursos destinados a garantia de um importante direito trabalhista, que é o seguro desemprego, ou seja, com dinheiro do próprio trabalhador.

As burocracias sindicais da CUT e da CTB, principalmente, concordam com o PPE e são a via que o governo se utiliza pra implementar esse programa de proteção às empresas. Jamais farão com que os trabalhadores lutem por uma saída independente do governo para a crise, pelo contrário, com o PPE mostram que é um dos agentes do governo pra descarregar a crise nas nossas costas. Portanto, os trabalhadores tem que travar uma luta em cada local de trabalho independente dos patrões, da burocracia sindical e dos governo, com um programa em defesa do direito ao emprego, pela redução da jornada de trabalho sem redução do salário e para que nenhum trabalhador seja demitido.

Esquerda Diário/ Agência Estado.




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