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INTERNACIONAL | ONU condena teste nuclear da Coréia do Norte

O presidente da Assembléia Geral da ONU e diplomata dinamarquês, Mogens Lykketoft, declarou que “ esta consternado e decepcionado” pelo teste nuclear da Coréia do Norte e expressou preocupação pelo perigo de uma desestabilização na região.

quinta-feira 7 de janeiro de 2016 | 09:17

Foto: EFE
La Izquierda Diario/ Agencias

Lykketoft, se somou assim a outras mensagens de repúdio, como a do Secretario Geral da ONU, Ban Ki-moom, e do Conselho de Segurança.

“As armas nucleares e outras armas de destruição em massa ameaçam a existência da humanidade e devem ser eliminadas”, agregou o diplomata dinamarquês, que preside o único órgão da ONU no qual estão representados os 193 países da organização. Lykketoft se esqueceu obviamente de mencionar que os Estados Unidos, Rússia, Israel, e outras potencias possuem milhares de ogivas nucleares armazenadas que poderiam destruir varias vezes o planeta.

A Coréia do Norte assegurou ter dado um importante salto em seu programa de armamento ao ter detonado com êxito sua primeira Bomba H, apesar de vários especialistas duvidarem que Pyongyang tenha conseguido desenvolver tal tecnologia.

“É necessário fazer uma boa análise e para isso precisa de tempo. Para concluir se houve o não, é preciso pelo menos alguns dias, ou mesmo uma semana” declarou a televisão japonesa NHK o responsável pelo Centro de Pesquisa para abolição de armas nucleares da Universidade de Nagasaki, Tatsujiro Suzuki.

A bomba H, também conhecida como de hidrogênio ou termonuclear, se diferencia das bombas de fusão, construídas originalmente das décadas de 40 do século XX, e que empregam um primeiro dispositivo de fissão para depois proporcionar uma reação maior, a fusão de átomos de hidrogênio, o que multiplica seu poder devastador. Varias agencias informaram o registro de terremoto de magnitude 5 no norte do país que poderia ter sido provocado pelo teste nuclear.

Dada a sua maior eficiência e capacidade destrutiva, se estima que todas as armas atômicas em poder dos cinco países que possuem esse tipo de arsenal e que são signatários do tratado de não proliferação, isto é, os EUA, Rússia, Reino Unido, França e China, são dispositivos termonucleares.

A dúvida que levanta os ensaios norte coreanos é se o regime de Pyongyang possui artefatos a altura das principais potencias e se é capaz de diminuí-lo de tamanho para equipar um míssil. Gera tantas duvidas como um suposto lançamento de mísseis desde um submarino que a Coréia do Norte diz ter realizado no mês de maio passado e, que se for verdade aumentaria de maneira alarmante o alcance dos projéteis norte coreanos.

De qualquer maneira, e ainda que a maioria absoluta dos especialistas continuem assegurando que o regime dos Kim ainda esteja longe de poder montar cabeças nucleares sobre seus mísseis, resulta difícil acreditar que as provas de mísseis de Pyongyang desenvolve a quase duas décadas não tenha conseguido avanço algum.

Tradução: Marcio Barbio




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