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Rearmamento imperialista | No contexto de crises, guerras e revoluções, gastos militares no mundo são os maiores desde a Segunda Guerra

No ano de 2023, os gastos com armamentos mundialmente foram os maiores desde a Segunda Guerra. Os Estados imperialistas aumentaram drasticamente os orçamentos militares frente aos novos conflitos, atualizando um cenário de crises, guerras e revoluções.

segunda-feira 26 de fevereiro | Edição do dia

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O Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS), que é um instituto de pesquisa britânico, publicou recentemente um relatório que aponta que os gastos militares do ano de 2023 chegaram a um patamar que só pode ser comparado com os gastos nos anos da Segunda Guerra Mundial. Isso significa que desde aquele momento que ficou marcado na história como uma grande guerra imperialista não houve nenhum momento em que as potências estivessem se armando tanto, mesmo durante o período da Guerra Fria.

O contexto no qual esses investimentos militares ocorrem é um onde uma guerra já se arrasta por dois anos entre a Rússia e a OTAN no “quintal de casa” da última. Os interesses do imperialismo na região já se desenhavam há muitos anos, mas as contradições e embates com a Rússia se agravaram em 2022, dando uma “justificativa” para a elevação dos gastos militares de ambos os campos, em que ambos não tem interesse nenhum na libertação da classe trabalhadora ucraniana pra além de uma disputa por expandir suas zonas de influência.

Além disso, também se iniciou um verdadeiro massacre na Faixa de Gaza, com o Estado genocida de Israel avançando com uma ofensiva brutal contra o povo palestino, que já conta com mais de 30 mil palestinos assassinados. Esse genocídio é a execução dos interesses do imperialismo na região, uma verdadeira limpeza étnica em que Estados como os EUA e a OTAN não movem um dedo para impedir que aconteça.

Outras expressões desse tensionamento mundial se dão também com o conflito no Azerbaijão e Israel atacando também outros países do Oriente Médio. Isso tudo reatualiza a definição de Lênin de que o estágio atual do capitalismo, o imperialismo, se caracteriza por uma situação de crises, guerras e revoluções. O enfraquecimento da ordem neoliberal e o acirramento das tensões entre Estados nacionais colocou o mundo nessa situação onde as burguesias se armam e se preparam para conflitos cada vez maiores. Os EUA sozinhos gastam 41% de todo o valor mundial em armamentos, e a OTAN subiu, em média, 32% seus orçamentos militares. Já a Rússia investe por volta de 33% de todo seu orçamento na guerra com a Ucrânia.

No entanto, há exemplos de que a luta de classes não deixou o palco mundial. Na Índia vimos uma federação de grandes portos se recusando a carregar armas para Israel, e na Argentina a classe trabalhadora nas ruas e com uma forte greve geral derrotou a Lei Omnibus de Milei, representante da extrema-direita e presidente da Argentina. Apenas a classe trabalhadora pode se opor a esse rearmamento imperialista que tem como objetivo garantir os lucros dos patrões. É necessário que os sindicatos internacionalmente organizem os trabalhadores na luta contra o massacre ao povo palestino rompendo todas as relações com o Estado de Israel, e que isso sirva como um grande exemplo de que a nossa classe é a única capaz de parar a barbárie da guerra.




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