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AMEAÇA A PROGRAMAS SOCIAIS | Ministro do planejamento afirma que programas sociais tem que sair do ‘’piloto automático’’

O novo ministro do Planejamento, Valdir Simão, afirmou que o governo quer acabar com o ‘’piloto automático’’ de alguns programas sociais. Sua declaração mostra que o governo Dilma vai seguir com a sua linha em atacar os trabalhadores e a população pobre.

terça-feira 2 de fevereiro de 2016 | 00:00

O novo ministro do Planejamento, Valdir Simão, afirmou que o governo quer acabar com o ‘’piloto automático’’ de alguns programas sociais, pois alega que não teria sentido continuar. Mesmo ele demagogicamente falando que é preciso reforçar outros programas sociais, a sua declaração mostra que por conta de o país estar passando por um momento de crise econômica, que a intenção do novo ministro do planejamento que foi empossado a pedido do ministro Nelson Barbosa, mas também do próprio novo ministro da Economia, é de que o governo Dilma vai seguir com a sua linha em atacar os trabalhadores e a população pobre.

O ministro do Planejamento ainda discutiu a necessidade de ‘’reorganizar as contas públicas’’ atacando estes programas sociais aplicados pelo o governo, como o Farmácia Popular, UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e construção de creches no Pró-Infância. O argumento do ministro mostra que a intenção do PT é atacar os trabalhadores e o povo pobre, fazendo com que estes paguem por esta crise econômica.

"Temos de verificar a qualidade dos programas. E para que esta avaliação? Para aperfeiçoar e fazer o orçamento seguinte do programa refletir as suas necessidades. Não podemos ficar ligados no piloto automático e simplesmente colar a gestão orçamentária", afirmou.

A crise econômica que atravessa o país está agravando o desemprego, mas também fazendo com que a inflação aumente e transformando a saúde pública no Rio de Janeiro num verdadeiro caos. O governo federal de Dilma está demonstrando que é incapaz de responder a estes problemas mais a fundo, pois teria que tirar dos bancos e dos grandes empresários e o governo petista já sinalizou como demonstra as declarações de Valdir Simão e Nelson Barbosa que não iria mexer na fortuna dos ricos, mas iria atacar os trabalhadores e os setores populares da sociedade.

A declaração do novo ministro do Planejamento mostra que as bases do crescimento econômico da época anterior em que o PT se apoiou para dar algumas concessões para massas, está se diluindo cada vez mais. A medida que a crise econômica e política no país se aprofunda, o desgaste que o PT está sofrendo com as denúncias de escândalos de corrupção, abrindo brecha para que a oposição burguesa tire proveito em relação a isso, mas também os acordos que o governo federal tem com os grandes empresários e banqueiros mostra que estes programas sociais que o PT sempre fez propaganda durante os 13 anos estejam sob a mira dos ajustes.

Para enfrentar esta crise econômica é necessário taxar as grandes fortunas dos bancos e dos grandes empresários que estão batendo recorde de lucro, não pagar um centavo da dívida pública e fazer com que os políticos e funcionários de alto escalão ganhem um salário igual ao de um trabalhador, além reverter este montante aos serviços públicos como saúde, transporte e educação. Contra a corrupção inata ao regime da democracia dos ricos, é preciso unificar o movimento dos trabalhadores e da população pobre para batalhar por um governo operário em base a um programa anticapitalista e socialista.

Para aplicar o ajuste fiscal, o governo federal faz unidade com a oposição burguesa que sempre se colocou contra estas medidas e tal unidade só fortalece uma ala da burguesia que sempre defendeu aprofundar as privatizações e os ataques aos trabalhadores. Esta postura que o PT adota só gerará mais pressão para o próprio petismo se voltar cada vez mais contra os trabalhadores e a população pobre.




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