Ano passado os metroviários foram parte de fortes mobilizações contra as privatizações de Tarcísio de Freitas em SP, junto à CPTM, Sabesp e demais serviços públicos ameaçados. Como resposta às mobilizações, o governo e o Metrô perseguiram, puniram e demitiram metroviários. Hoje a Justiça determinou em uma liminar o cancelamento dessas demissões e suspensão políticas, fruto da luta destes trabalhadores nos últimos meses.
segunda-feira 4 de março | Edição do dia
O governo de extrema direita de Tarcísio de Freitas (Republicanos) declarou guerra aos serviços públicos e desde o ano passado vem avançando em seu plano privatista e de precarização do metrô, Sabesp, CPTM, dentre outras áreas públicas. Como resposta às fortes mobilizações e greves que os trabalhadores travaram contra as privatizações no ano passado, Tarcísio e a empresa do Metrô demitiram 5 metroviários, suspenderam outros 3 e puniram com suspensão outro trabalhador. Entretanto, nesta segunda, 04, foi concedida a partir de uma liminar a reintegração de 5 dos 8 demitidos, fruto da luta contra as demissões nestes últimos meses.
As demissões e punições aconteceram no dia 24 de outubro de 2023, após a forte greve unificada do metrô, Sabesp e CPTM do dia 03 de outubro que conquistou a adesão de amplos setores das categorias, apoio da população e uma paralisação que significou uma derrota para Tarcísio e seu projeto. Como resposta, o Metrô e o governo perseguiram, puniram e demitiram metroviários, estando dentre os demitidos o vice-presidente do Sindicato dos Metroviários e outros diretores do sindicato. Um claro e absurdo ataque e uma represália ao movimento sindical, ao direito de greve dos trabalhadores e à vanguarda que luta contra a piora e o encarecimento dos serviços públicos e contra a precarização do trabalho.
Diante desse ataque, o Sindicato dos Metroviários veio realizando uma ampla campanha de solidariedade, contando inclusive com apoio internacional, assim como de outros sindicatos, partidos, intelectuais, juristas, deputados e movimentos sociais e de direitos humanos que defendem os direitos dos trabalhadores do país.
Hoje, 04 de março, saiu uma liminar da Justiça que determina o cancelamento das demissões e da suspensão, indicando a reintegração dos 5 metroviários demitidos políticos, fundamentando e alegando que a mobilização de 03 de outubro foi uma manifestação que paralisou o serviço por algumas horas e contou com a adesão de inúmeros metroviários, não tendo argumento para punir alguns, além da desproporcionalidade que a demissão significa, o que escancara o caráter de perseguição política aos metroviários lutadores.
Pela imediata reintegração de todos os metroviários demitidos por lutar contra a privatização! Pela retirada de todos os processos e punições já!