Dezenas de milhares de médicos em formação aderem à greve em diversas cidades do país. enfrentando o governo e exigindo melhores salários.
quinta-feira 4 de janeiro | Edição do dia
A luta de classes já deu mostras de que está entrando em cena na Grã-Bretanha em 2024. Após Londres e diversas cidades do país terem sido o palco de parte das maiores e mais importantes manifestações contra o genocídio do povo palestino, agora está sendo a vez dos médicos residentes da Inglaterra levantarem-se contra o governo conservador e defenderem o sistema público de Saúde do país.
A luta dos médicos residentes, que totalizam cerca de 70 mil, tem forte adesão dentre a categoria, e denuncia a defasagem de 25% dos salários desde 2008. Desde 2022 foram distintos setores de trabalhadores que se colocaram em greve para tentar reverter as perdas que uma inflação há muitos anos acima de 10% fez pesar sobre a vida da população trabalhadora.
O governo, apesar da demagogia de suas declarações de que estaria preocupado com o impacto da paralisação, se resumiu a oferecer um reajuste de míseros 3%, contribuindo dessa forma para a precarização da Saúde pública e para a precarização já que o custo de vida no país elevou-se drasticamente.
Por conta disso, os médicos estão realizando piquetes em frente à diversos pontos, como o hospital Saint-Thomas, no centro de Londres. A greve já dura seis dias, e apesar da curta duração quando comparada a outras categorias de trabalhadores já é considerada a mais duradoura dentre esse setor. No País de Gales os “júniors doctors” como são conhecidos os médicos residentes anunciaram uma paralisação de 72h a partir do dia 15 de janeiro, enquanto os da Irlanda do Norte também votaram a favor da greve.
Apenas na Escócia foi aceita a proposta oferecida pelo governo. Só os trabalhadores e a população unificada podem dar uma saída independente na defesa da Saúde pública.
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