O Commerzbank, segundo maior banco da Alemanha e parcialmente nacionalizado, abrirá uma filial em São Paulo. Houve muito mais do que a entrega de recursos naturais estratégicos brasileiros no último encontro entre Dilma e Merkel.
quarta-feira 2 de setembro de 2015 | 00:00
O Commerzbank informou nesta terça-feira que se dirigirá às pequenas e médias empresas, mas também a empresas grandes e do mercado de capital.
Harald Lipkau, que foi responsável recentemente de instituições financeiras na Ásia dentro do Commerzbank, será o diretor-geral da filial do Commerzbank em São Paulo.
"O Commerzbank recebeu a autorização do Banco Central do Brasil (BACEN) para estabelecer uma filial em São Paulo", acrescentou o banco alemão em comunicado.
"Embora a dinâmica de crescimento no Brasil tenha desacelerado recentemente, o país continua sendo a sétima maior economia do mundo e é, com diferença, a economia mais importante na América Latina e por isso um parceiro econômico muito importante para a Alemanha e Europa", segundo o diretor de financiamento de pequenas e médias empresas internacional do Commerzbank, Bernd Laber.
"Mas inclusive em tempos de mercados voláteis é importante para nosso bancos de financiamento de pequenas e médias empresas, que é líder de mercado na Alemanha, ter uma presença local para apoiar a nossos clientes fora da Alemanha", acrescentou Laber.
Atualmente, cerca de 1,4 mil empresas alemãs estão representadas no Brasil, das quais 900 estão situadas em São Paulo.
Vê-se que muito mais do que a entrega de recursos naturais estratégicos brasileiros, no último encontro entre Dilma e Merkel acordou-se a entrada do capital financeiro alemão, cujo capital opera grandes processos de demissão, como o da Mercedes Benz em São Bernardo do Campo, a Daimler AG (que anunciou 1500 demissões em SP) e a Volkswagen de Taubaté.
