Em busca de mais apoio da direita, Lula se encontra hoje (18) com Eunício Oliveira, Renan Calheiros e outras lideranças do MDB para firmar apoio à chapa Lula-Alckmin e mostrar mais uma vez a quem essa candidatura vai servir: aos empresários, latifundiários, banqueiros e golpistas, e não a classe trabalhadora.
segunda-feira 18 de julho de 2022 | Edição do dia
Foto: Divulgação/Ricardo Stuckert
O MDB é mais um dos partidos burgueses com quem o PT se alia na busca de apoio para a chapa Lula-Alckmin, escancarando mais uma vez o que o ex-presidente disse: que a sua campanha não é da esquerda. Eunício Oliveira, ex-presidente do Senado e um dos articuladores do golpe institucional, será um dos presentes na reunião. O mesmo foi quem comandou um jantar para o Lula com algumas figuras do MDB em Abril.
O partido que tem em seu histórico mais recente, uma forte atuação no golpe institucional de 2016, que aprofundou a crise, aprovou e atacou a classe trabalhadora e a juventude de conjunto, com as reformas trabalhista e do Ensino Médio, medidas sancionadas no governo Temer, assim que assumiu após o golpe.
Nós do Esquerda Diário e do MRT, fomos parte do setor que lutou contra o golpe institucional de 2016, mas se colocando de forma independente do PT e da sua política de conciliação de classes. Por isso, nessas eleições colocamos novamente a importância de batalhar por uma saída de independência de classe e não de perdão e aliança, com os setores que mais atacaram e precarizaram a vida da nossa classe e dos setores mais pobres e oprimidos do país. Nesse sentido, as pré-candidaturas do MRT pelo Polo Socialista e Revolucionário vêm colocando em primeiro lugar a necessidade da revogação das reformas como a trabalhista,que Lula-Alckmin já prometeram que não vão refogar.
A saída da crise só poderá vir, unicamente, pela mão dos trabalhadores organizados, lutando pelos seus direitos, com o controle operário e democrático dos principais setores da economia para que possamos ter uma produção e distribuição organizadas e racionais, voltadas para combater a fome e a miséria do país, bem como o fim da precarização laboral devastadora, das jornadas de trabalho exaustivas e o do desemprego.
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