×

AJUSTE FISCAL | Levy: austeridade fiscal ’ajudará’ Brasil a crescer

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse que, passadas as medidas do ajuste fiscal, a economia brasileira voltará a crescer "rapidamente" e, vencida essa primeira etapa, os juros também começarão a cair "rapidamente". "Juntos vamos conseguir criar oportunidades para economia retomar seu fôlego e voltar a crescer rapidamente", afirmou, citando o papel do Congresso Nacional, que ainda terá que aprovar várias medidas.

quarta-feira 7 de outubro de 2015 | 00:14

Levy falou nesta terça, 6, durante abertura do 27º Congresso Brasileiro de Radiodifusão e fez um discurso mais otimista do que o de costume. O ministro vem sendo cobrado por parlamentares e setores do governo a apresentar uma "luz no fim do túnel" da crise, e não falar apenas do ajuste fiscal necessário para isso. "No momento, parece escuro e difícil, mas capacidade de resposta da economia surpreende", completou.

Em seu discurso, Levy disse ainda que, quando o país estiver "engrenado", será possível adotar mudanças estruturais para garantir que o crescimento contínuo da economia. "Vale a pena o esforço para passarmos por essa transição". O ministro afirmou que o objetivo de crescer é parte fundamental de todas as ações de política econômica, que exigem sacrifícios. "É muito importante nesse contexto que as nossas contas públicas estejam em ordem é um elemento fundamental para trazer tranquilidade para pessoas desenvolverem seus planos e seus sonhos", afirmou.

Levy lembrou que outros ajuste fiscais foram feitos, como no início do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003, e que a economia brasileira sempre respondeu rapidamente. "Tenho certeza que nesse momento também vamos ter o mesmo resultado que no passado". Ele ressaltou que a transição para o crescimento exige sacrifícios que, para ele, as pessoas estão dispostas a fazer. "A presidente está trabalhando para passar no Congresso Nacional as medidas necessárias", acrescentou.

Para Levy, algumas ações tomadas no começo do ano começam a ter resultado, como as exportações, que darão contribuição positiva para o crescimento neste ano. Ele lembrou que o câmbio valorizado traz novas oportunidades para as empresas brasileiras, principalmente para o setor industrial. "Ao produzir aqui o que antes era importado, estamos criando novas oportunidades de emprego", ressaltou.

Em sua fala, Levy disse ainda que a liberdade de expressão é um elemento central da sociedade brasileira. "Compartilho com as demais lideranças aqui presentes a firma convicção do ambiente democrático deve ser incentivado", acrescentou.

Em um cenário de crise capitalista profunda, aberto em 2008, que só agora atinge com mais força os países de economia periférica, essa recuperação "rápida" que Levy promete não está no horizonte. Enquanto isso, o PT, escondendo-se atrás da figura de Levy, opta por maquiar a instabilidade econômica (e política) do País, por meio de cortes e ajustes, para evitar uma "fuga de capitais" e recuperar o grau de investimento de empresas de crédito como Standard & Poors e Moody’s. Assim, Dilma e o Congresso conservador, que supostamente representa a ameaça à democracia brasileira, mostram-se mais do que nunca unidos, na tentativa de preservar os lucros das empresas, para passar as medidas que descarregarão a crise e cobrarão os "sacrifícios", em forma de suor e miséria, da classe trabalhadora.




Comentários

Deixar Comentário


Destacados del día

Últimas noticias