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USP | Unificar trabalhadores, médicos e estudantes para barrar a desvinculação do HU, CSEB e desmonte da US

Em reunião do turno manhã do Hospital Universitário, mais de 150 trabalhadores votam por unanimidade paralisar dia 08/12 e fazer um forte ato na frente da reunião do Conselho Universitário, buscando unificar trabalhadores, médicos e estudantes para barrar a desvinculação do HU, CSEB e desmonte da USP

quarta-feira 2 de dezembro de 2015 | 15:24

Não é de hoje que denunciamos o aprofundamento cada vez mais rápido do desmonte da USP, gerando resistência dos trabalhadores das creches, bandejões, prefeitura, Centro de Saúde e Escola (CSEB). Agora está em foco novamente o Hospital Universitário. É preciso organizar uma mobilização unificada de todos os setores e unidades da Universidade para impedir o sucateamento.

Desde o Programa de Incentivo à Demissão Voluntária que reduziu o já insuficiente quadro de funcionários, a situação de trabalho, o atendimento e o ensino estão insustentáveis e a qualidade vem caindo. Por conta disso, vários médicos pediram demissão. O número de anestesistas diminui muito, inviabilizando grande parte das cirurgias agendadas. Os partos estão sendo realizados sem anestesia.

Não há médicos o suficiente para atender em todos os turnos e se cogita a possibilidade de fechamento total ou parcial do pronto socorro, pois alegam ser irresponsável manter aberto sem ter condições de atendimento. Seria também um risco para os pacientes. É preciso a contratação de mais médicos, enfermeiros e técnicos para atender à demanda da população e manter o pronto-socorro em condições de atendimento, pois a verdadeira irresponsabilidade é deixar pacientes sem atendimento, que não o conseguem nos equipamentos municipais, responsáveis pela atenção primária, mas em número equivalente a menos da metade do necessário para a população da região. O reitor congelou a contratação de funcionários até 2018 e demitiu quase 1400 trabalhadores no PIDV com o objetivo de inviabilizar o atendimento à população e criar condições desumanas de trabalho forçando muitos profissionais a pedir demissão. Assim, pode justificar a desvinculação do HU.

O Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp) informou que Zago já tem um novo plano para desvincular o HU, e passa-lo para a administração do HC, e já está costurando o apoio a este projeto no Conselho Universitário. Sob administração do HC, ou seja, da Fundação Faculdade de Medicina (uma OSS), novos funcionários poderiam ser contratados por um custo bem menor, com menos direitos trabalhistas e os atuais trabalhadores da USP poderiam ser demitidos.

É esse objetivo que tem por trás dos ataques da reitoria a todas as unidades, reduzir a folha de pagamento. Noutra palavra: demissão. Está sendo feito um convênio com a prefeitura de SP para que esta administre e contrate funcionários para o CSEB, o que na prática também significa passar para administração da FFM, que é a OSS que administra a maioria dos equipamentos de saúde municipais da região oeste. Isso também tornaria os trabalhadores da USP no CSEB dispensáveis.

Zago está mexendo suas peças para encaminhar no período de férias a desvinculação. O Sintusp encaminhou hoje ofício ao diretor da Faculdade de Medicina pedindo uma audiência com o Conselho Deliberativo do HU para discutir a desvinculação.

É fundamental que todas as unidade da USP façam reuniões para discutir a paralisação. Hoje no turno manhã do HU, mais de 150 trabalhadores aprovaram por unanimidade a adesão ao movimento. Nesta quinta-feira, também haverá Assembleia Geral dos Trabalhadores da USP que deve votar a paralisação e as ações de luta.




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