Bolsonaro buscava por algum cargo que mantivesse o Foro Privilegiado de Pazuello, para dificultar a apuração sobre a criminosa atuação do general no Ministério da Saúde que deixou milhares de mortos como legado. Entretanto, governo não encontra consenso e Pazuello deve voltar para o exército.
sexta-feira 26 de março de 2021 | Edição do dia
Nas últimas semanas a cúpula do governo esteve buscando uma solução para o “problema” de onde realocar Pazuello após a saída do Ministério da Saúde. Caso o ex-ministro perca o foro privilegiado, a apuração sobre sua atuação no ministério não mais será julgada no STF, mas em instâncias menores.
A gestão do “especialista em logística” Pazuello foi marcada pela crise da falta de oxigênio em Manaus, episódios vergonhosos como envio de vacinas para o estado errado por erro nas siglas e sobretudo pelas centenas de milhares de vidas perdidas. Considerando essa atuação desastrosa e criminosa, o avanço das apurações poderia ser mais um desgaste para o governo Bolsonaro.
As alternativas cogitadas foram a Secretaria Especial do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI), órgão do Ministério da Economia que passaria para a Secretaria-Geral da Presidência; a criação de um Ministério da Amazônia Legal; e a Secretaria de Assuntos estratégicos. Nenhuma dessas alternativas se efetivou por falta de consenso entre as cúpulas ministeriais e militares. Militares também estão receosos com a volta de Pazuello ao exército, defendendo sua passagem à reserva para não sinalizar ainda mais integração com o poder Executivo.
As informações são do jornal O Globo