Processo de cassação da chapa Dilma-Temer pedido pelo PSDB em 2015 terá fim somente em 2017 e Gilmar Mendes garantirá que eleições diretas não ocorram nesse tempo.
sexta-feira 16 de setembro de 2016 | Edição do dia
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), presidido pelo ministro Gilmar Mendes, receberá novos depoimentos e documentos inéditos sobre o processo da cassação da chapa Dilma-Temer e garante que eleições diretas não ocorrerão em caso de condenação pela irregularidade da campanha eleitoral de 2014. O processo se concluirá só em 2017.
Além disso, nesta quinta-feira, 15 de setembro, parte do centrão do Planalto entregou uma carta de apoio ao golpista Michel Temer (PMDB). O setor tem o interesse de aprovar a PEC de Miro Teixeira, que prevê eleição indireta para presidente se o mandato ficar vago apenas 6 meses antes de terminar, sem contar a busca de localização política após a cassação de Eduardo Cunha (PMDB).
De resto, as outras alas do Planalto consideraram a carta como uma “exposição de fragilidade”, como diz a Folha de São Paulo, diante da renúncia de Cunha e eleição de Rodrigo Maia (DEM) à presidência da Câmara dos Deputados.
Perante a consumação do golpe institucional (a já cassação do mandato de Dilma, PT), resta ao TSE julgar a ex vice-presidência de Michel Temer. Gilmar Mendes parece atuar para blindar os ataques e a possível cassação do mandato do governo golpista. O que escancara a movimentação do Judiciário como grande articulador do golpe no Brasil, com papel de árbitro das decisões políticas. Mais uma jogada palaciana da elite política e econômica para manter a estabilidade do governo da destruição de Temer.
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