Mais uma vez centenas de trabalhadoras terceirizadas da limpeza das escolas estaduais de São Paulo estão sem salários. Em Campinas, a empresa terceirizada contratada pela diretoria oeste para fazer o serviço da limpeza é o grupo Fusion Serviços, uma empresa caloteira, só esse ano é a 4ª vez que essa empresa dá um calote e não paga os salários, deixando centenas de mulheres negras sem ter como sustentar suas famílias. Enquanto isso, Tarcísio lava suas mãos, é para isso que serve a terceirização, para que não haja direitos e nem o Estado e nem as empresas se responsabilizem. Pagamento já de todas as trabalhadoras e lutamos pela efetivação de todas para terem os mesmos direitos que os efetivos!
terça-feira 19 de setembro de 2023 | Edição do dia
O Esquerda Diário vem recebendo denúncias de professoras e professores da rede estadual em Campinas sobre o não pagamento dos salários das trabalhadoras da limpeza. Nas escolas da Diretoria Oeste, mais uma vez a empresa Fusion não vem pagando as trabalhadoras e não há perspectiva de pagar, podendo significar um verdadeiro calote em centenas de mulheres, maioria negras, que não conseguem sustentar suas famílias.
Enquanto isso, o governo bolsonarista e privatista de Tarcísio, que é um defensor da terceirização do trabalho, lava suas mãos e não toma nenhuma medida para que essas trabalhadoras possam receber seus salários. As trabalhadoras estão paralisadas e escolas estão sem esse serviço essencial e mesmo assim estão funcionando, em muitas as direções das escolas estão colocando os próprios alunos para fazer a limpeza. Tarcísio é responsável! Essa é mais uma amostra dos ataques do governo que quer privatizar serviços públicos essenciais como a Sabesp, metrô e CPTM em São Paulo.
É justamente para isso que serve a terceirização, para retirar direitos, diminuir salários, precarizar as condições, e quando as empresas dão calote, o Estado ou o contratante se exime de qualquer responsabilidade e são as trabalhadoras que arcam com todo o prejuízo. Um mecanismo usado pelo Estado que divide, precariza, escraviza e humilha os trabalhadores.
Por isso, é preciso exigir o pagamento imediato de todas as trabalhadoras, com todos os direitos. Mas também enfrentar a terceirização do trabalho, defendendo a efetivação de todas, sem necessidade de concurso público, para terem os mesmos direitos que qualquer servidor efetivo do estado e assim não sofrerem com esse tipo de ataque.
É papel dos sindicatos levantar essa bandeira, a Apeoesp, sindicato dos professores do estado de São Paulo, deveria estar chamando todos os professores a paralisarem suas atividades e fecharem as escolas exigindo o pagamento de todas as trabalhadoras. Não pode haver essa divisão nas escolas, somos todos trabalhadores!
A professora Flávia Telles, coordenadora da Apeoesp pela Oposição em Campinas declarou: “Nós viemos denunciando essa situação durante todo o ano, no entanto nenhuma providência foi tomada. É inaceitável que a Fusion dê mais uma vez um calote e o governo Tarcísio lave suas mãos. Nós professores estamos juntos com essas trabalhadoras, e exigimos o pagamento imediato de todas, a luta contra a precarização dos contratos e contra a terceirização também é nossa luta, no chão das escolas não vamos aceitar a divisão que o Estado busca impor!”.
O Esquerda Diário presta total apoio as trabalhadoras terceirizadas e está a serviço de divulgar essa luta contra a precarização do trabalho! Nosso contato para mais denúncias é (11) 97750 - 9596.
