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II CONGRESSO CSP-CONLUTAS - LUTA CONTRA AS OPRESSÕES | Entrevista com Márcia, trabalhadora da Construção civil de Belém.

sexta-feira 5 de junho de 2015 | 10:30

Foto: Márcia ao lado direito.

ED - Márcia, qual a sua opinião, como trabalhadora, sobre este Congresso da Conlutas?

É uma maravilha estar aqui no Congresso, pela segunda vez. Pra mim é histórico, eu não tinha conhecimento, que cada dia a gente avança, mesmo com toda a dificuldade que a gente está tendo, no MML, mas a gente pode avançar a cada jornada, a cada dia de trabalho. Passamos por um governo que está massacrando a vida das trabalhadoras mulheres, principalmente no campo da construção civil que é onde temos ainda poucas mulheres, mas que também é rotativo. Elas conseguem ficar de 6 a 8 meses, não chega nem a um ano de trabalho. Então, pra mim, tudo isto aqui é para mim ganhar mais conhecimento para poder passar este conhecimento para cada mulher da construção civil. Não só da construção civil, mas no mundo todo, na escola, na comunidade, nas ruas, na nossa casa, no dia a dia. Porque temos mulheres em vários tipos de espaço que sofrem com a opressão e o machismo ainda que é muito maior , principalmente dentro do nosso sindicato onde a maioria são homens. Então pra mim isto é fundamental, pra aprender uma delegação de 6 a 8 mulheres, uma delegação de base, mulheres que a gente está construindo no dia-a-dia. Somos grandes espelhos na vida delas, no dia-a-dia. Então pra mim está sendo uma satisfação estar aqui, está sendo uma aprendizagem muito grande. Pra mim isto aqui está sendo fundamental, é importante estar participando para denunciar o governo corrupto que agride a cada instante, uma mulher brasileira.

ED A gente está levando uma campanha pela efetivação dos trabalhadores terceirizados sem concurso público, o que você acha desta ideia para as trabalhadoras que sofrem com a terceirização nos canteiros de obras?

Márcia – É importante, como já falei as mulheres que são contratadas para uma empresa, em sua maioria são terceirizadas, isto iria melhorar a vida da mulher trabalhadora no campo de trabalho .

ED - Você acha que é possível efetivar as trabalhadoras terceirizadas nos canteiros de obras?

Olha, no caso da construção civil, eu creio que não. É como eu te disse, tem muitas mulheres terceirizadas na construção civil, que muitas não conseguem alcançar seu alvo, a qualidade, a classificação, a qualificação por ela já ser terceirizada. Então eu acho, não estou dando certeza 100%, que não seria um bom começo, mas se a gente não tentar não teremos como saber.




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