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DILMA NA COLÔMBIA | Em viagem de negócios à Colômbia, Dilma fecha acordo com empresários

Nesta sexta-feira, Dilma viajou à Colômbia numa comitiva que inclui empreiteiros (inclusive investigados do escândalo de corrupção da Lava-Jato) e encontros com mais de 20 empresários brasileiros, o principal objetivo da viagem é acelerar acordos comerciais bilaterais, sobretudo para zerar tarifas de exportação e importação entre os dois países, porém, a Colômbia é o sétimo parceiro comercial do Brasil na América Latina.

sábado 10 de outubro de 2015 | 00:00

Acordos para “salvar” a indústria automotiva?

Em mais uma frente para melhorar os resultados do setor da indústria automobilística, um dos mais atingidos pela crise econômica no Brasil e que já conta com milhares de trabalhadores demitidos, Brasil e Colômbia fecharam nesta sexta-feira, 9, um acordo automotivo com validade por oito anos. A tarifa de importação será zerada para uma cota entre 12 mil veículos em 2016, que subirá a 25 mil no segundo ano e a 50 mil unidades a partir do terceiro ano. O acordo foi fechado hoje durante a visita da presidente Dilma Rousseff a Bogotá.

Atualmente, para um carro brasileiro entrar no mercado colombiano, é cobrada uma tarifa de importação de 16%. Exportações acima da cota fixada serão tarifadas.

"É fundamental que o Brasil participe desse mercado. O acordo é oportuno e permitirá que a indústria brasileira tenha maior participação no mercado colombiano. Está se criando condições mais favoráveis", disse empresário presidente da ANFAVEA (entidade patronal da indústria automotiva).

A Colômbia é o terceiro maior mercado da América do Sul para o setor automobilístico e pode significar um alívio para o setor neste momento de queda nas vendas no mercado doméstico e encolhimento no comércio bilateral (exportações e importações de veículos) com a Argentina.

Viagem de negócios favorecendo empreiteiros investigados pela Lava-Jato

Grandes construtoras brasileiras com negócios na Colômbia enviaram representantes ao encontro entre empresários e Dilma em Bogotá, capital da Colômbia. Entre eles, executivos de empresas envolvidas do escândalo da Operação Lava Jato, como a OAS, Odebrecht e Camargo Corrêa. O diretor-presidente da Petrobras Colômbia, Nilo Azevedo, também marca presença.

Terceira maior economia da América do Sul, a Colômbia é um mercado a ser explorado, sobretudo num momento de retração da economia no Brasil. Depois da Bolívia, a Colômbia é o segundo maior importador da região. "Nosso desafio é exportar mais e acelerar o processo de desgravação", disse o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto, que acompanha a presidente, a Colômbia é a terceira maior economia da América Latina e depois da Bolívia, é o segundo país que mais importa mercadorias na região, e pode ser um mercado a ser mais explorado pelos capitalistas brasileiros, como forma de escaparem temporariamente dos efeitos da crise no Brasil que está reduzindo o consumo interno de produtos industrializados, veja mais aqui.

Dilma Rousseff afirmou ainda nesta sexta-feira, 9, que comunicou ao presidente colombiano, Juan Manuel Santos, o interesse do Brasil e do Mercosul em firmar parceria com o bloco comercial da Aliança do Pacífico. "Queremos estreitar relações", disse. Dilma ressaltou que entre 2005 e 2014 o intercâmbio comercial entre Brasil e Colômbia avançou 165%, de US$ 1,5 bilhão para US$ 4,1 bilhões. "Trata-se de um processo, sem sombra de dúvidas, vantajoso para as economias de nossos países", destacou.

Estas vantagens que Dilma aponta, são apenas do ponto de vista dos lucros dos empresários, dos capitalistas do Brasil e Colômbia, no Brasil, setores patronais esperam aumentar o fluxo de comércio, de exportações para tentarem escapar da crise no Brasil, porém, ainda, a economia da Colômbia (que também sofre desaceleração com a queda nos preços internacionais da matérias-primas) ainda está longe de ser a salvação para a deterioração cada vez mais profunda da economia no Brasil.

ESQUERDA DIÁRIO/AGÊNCIA ESTADO




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