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Greve UNICAMP | Em apoio à população trabalhadores em greve organizam doação de sangue

Como forma de se aliar à população, a greve de servidores da Unicamp fará, nessa sexta, dia 22, um ato-doação de sangue no Hemocentro. Para demonstrar a solidariedade à população que sofre com a precarização dos serviços públicos que Tarcísio e o Arcabouço Fiscal de Lula-Alckmin buscam aprofundar, a greve dos servidores procura demonstrar, mais uma vez, que estão ao lado da população, que busca na universidade uma maior qualidade dos serviços públicos, enquanto o reitor Tom Zé ataca os servidores com a implementação do ponto eletrônico goela abaixo.

quinta-feira 21 de setembro de 2023 | Edição do dia

Em greve há quase um mês contra a intransigência da reitoria de Tom Zé, os trabalhadores da Unicamp lutam contra a precarização e para manter a qualidade dos serviços públicos. Se durante a pandemia os servidores já foram capazes de manter funcionando uma universidade que garantiu pesquisa de ponta para combater o vírus, não será com um controle eletrônico de jornada, enfiado goela abaixo num acordo com o Ministério Público, que a qualidade da universidade vai melhorar.

Esse é o projeto de universidade da reitoria do Tom Zé, voltado para as grandes empresas e de costas para os trabalhadores e a população. Enquanto isso, os atendimentos no complexo do Hospital das Clínicas estão se reduzindo. Os servidores em greve, atacados agora pelo Tom Zé e por esse projeto voltado às grandes empresas, querem demonstrar à população que seu projeto é outro, e por isso farão esse ato de solidariedade.

A intransigência da reitoria com os trabalhadores é generalizada. Há mais de um ano a Empresa “Soluções” assumiu os restaurantes da universidade e desde então vem acumulando assédios e acidentes nos restaurantes universitários. Em Limeira, a trabalhadora Cleide faleceu durante o serviço e suas colegas sequer puderam ir a seu enterro. Os casos de assédio e acidentes foram o estopim de uma greve de terceirizadas que aconteceu em novembro do ano passado, e mesmo assim a situação não se resolveu.

Tudo por um projeto de universidade voltado às grandes empresas, em consonância com o plano privatista de Tarcísio. O governador quer privatizar as principais empresas públicas de transporte e saneamento, o que na prática significa um enorme ataque às condições de trabalho nesses lugares enquanto o serviço público piora. Basta olharmos para os casos das Linhas 8 e 9 do Metrô que são privatizadas. O ponto eletrônico de Tom Zé em nada melhorará o serviço que é entregue à população, e na realidade sua tendência é a de diminuir ainda mais o número de servidores da universidade.

Contra o projeto privatista de Tarcísio de Freitas já foi declarada greve no Metrô e na CPTM dia 03. Também em unidade com a greve dos estudantes e a paralisação dos trabalhadores da USP. Está de fato colocada a possibilidade de uma greve geral contra o governo do estado em defesa dos empregos e do serviço público, que reitorias e governos tentam atacar. Buscar a solidariedade da população é fundamental por isso convidamos todas e todos a campanha de doação de sangue no hemocentro às 08h30 no dia 22.




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