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Greve da Educação | Educação do RJ: segue a greve! Abaixo a repressão de Castro e da Justiça! Que a CNTE organize uma paralisação nacional!

Os profissionais da educação se reuniram em assembleia para reafirmar que não aceitarão os ataques repressivos que vêm sendo desferidos contra o seu direito de lutar.

quinta-feira 22 de junho de 2023 | Edição do dia

Na noite de 20 de junho, a Justiça e o governo de Claudio Castro já haviam tentado intimidar os professores declarando a greve de professores e trabalhadores da Educação ilegal. No entanto, isso não fez com que o movimento aceitasse esse ataque absurdo aos professores que estão se enfrentando justamente contra a precarização da Educação para toda a comunidade escolar e os filhos dos trabalhadores, de suas condições de trabalho, aos ataques ao plano de carreira e pela revogação do novo ensino médio.

Em assembleia realizada hoje, 21 de junho, a greve de professores do Rio de Janeiro que já dura um mês, deu um claro recado ao governo Castro e à Justiça. Os profissionais da educação se reuniram em assembleia geral para debater os rumos do movimento nesta tarde de quarta-feira e reafirmaram que não aceitarão os ataques repressivos que vêm sendo desferidos contra o seu direito de lutar. Votaram pela continuidade da greve, e de forma praticamente unânime aprovaram um chamado para que a CNTE rompa com o imobilismo e organize uma paralisação nacional da Educação no dia 28 de junho, data em que já existe um ato com vigília marcado. E para levar às ruas essas demandas de defesa da Educação pública, tão caras a todo o povo trabalhador do RJ, os professores realizaram um ato até a Candelária.

Essa importante manifestação dos professores aponta que para derrotar a ofensiva repressiva de Claudio Castro e da Justiça é necessário elevar o grau de organização e articulação com toda a comunidade que é impactada pelos ataques à Educação. Por isso, é fundamental que neste momento se amplie a mobilização pela base, e que essa se nacionalize. A CNTE, à qual o Sepe se filiou no último Congresso, precisa romper imediatamente a sua política de conciliação com o governo que faz com que sequer cite a greve de professores do RJ, e organizar a paralisação nacional votada pelos professores em assembleia para o dia 28. Os ataques à Educação são nacionais, e é fundamental a ampliação da unidade para que efetivamente se defenda o ensino público e os interesses da comunidade escolar. Às organizações da esquerda que compõem o Sepe precisam tomar para si essa batalha, tanto junto à CNTE quanto no interior de cada escola, junto às bases.

Foi nessa perspectiva que Carolina Cacau, militante do MRT e Nossa Classe Educação, professora em greve defendeu na assembleia, colocando que “é fundamental ampliar a força dessa greve que está lutando pelos interesses não apenas dos professores, mas dos filhos da classe trabalhadora. Por isso nós do Nossa Classe Educação defendemos hoje na assembleia através da minha fala que a CNTE tem o dever de ampliar essa greve nacionalmente. E o Sepe tem igualmente a tarefa de não naturalizar esses ataques repressivos anunciados por Castro e a Justiça contra o nosso direito de lutar por uma educação de qualidade. Por isso estivemos junto com o Esquerda Diário distribuindo milhares de cartazes defendendo a unificação dos educadores e do povo em defesa da Educação, pelo pagamento do piso já e pela revogação da reforma do ensino médio”.

Isso se torna ainda mais importante quando se considera que enquanto os professores rumaram para a realização do seu ato, mais um ataque repressivo foi anunciado. A Seeduc em uma atitude absolutamente inadmissível agora ameaça os professores dizendo que aqueles que fizeram uso do seu legítimo direito de greve sofrerão falta a partir de 22 de junho. Mais uma ação absurda que tenta amedrontar os professores, e que deve ser respondida à altura, aprofundando a mobilização. Não se pode esperar apenas que o jurídico do sindicato atue frente a isso. É preciso defender ativamente o direito à greve, mostrando a Castro, à Justiça e à Seeduc que seguem intransigentes, que é a unidade dos professores e demais setores, do Rio e de todo o país, que estão mobilizados a que podem e devem determinar os rumos da Educação.




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