sexta-feira 22 de maio de 2015 | 00:00
A taxa de desemprego no Brasil subiu para 6,4% da população economicamente ativa em abril, o maior nível em um mês nos últimos quatro anos, informou nesta quinta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).
O desemprego, que nos últimos meses começou a refletir a forte desaceleração da economia brasileira, não era tão elevado para um mês desde março de 2011, segundo as estatísticas do organismo oficial.
A taxa subiu 0,2% desde os 6,2% de março deste ano e saltou 1,5% em comparação aos 4,9% do mesmo mês do ano passado.
O mercado de trabalho começou a perder vigor este ano devido à forte desaceleração, que pode se agravar em 2015, para quando os analistas preveem uma contração econômica de 1,2%.
Segundo o relatório divulgado nesta quinta-feira, o número de desempregados em abril nas seis maiores regiões metropolitanas do país, nas quais é medido o índice nacional, se situou em 1,6 milhões, com um crescimento de 32,7% com relação ao mesmo mês do ano passado.
Isto significa que, nos últimos 12 meses, 384 mil pessoas se somaram ao contingente nacional de desempregados. O número de pessoas empregadas nas mesmas regiões se manteve em 22,8 milhões, relativamente estável em relação a março deste ano e a abril de 2014.
O governo informou que a renda média do trabalhador brasileiro caiu para R$ 2.138,50, com uma redução de 0,5% em relação a março e de 2,9% em comparação com o mesmo mês do ano passado.
O índice oficial de desemprego no Brasil mede o número de pessoas que procuram emprego em Salvador, Recife, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre, por isso não leva em conta os já integrados pelo setor informal e os que desistiram de buscar emprego.
Os cortes de verbas promovidos por Dilma tem colocado milhares de terceirizados das universidades e organismos federais nas ruas, a isto se soma as milhares de demissões nas metalúrgicas e indústrias ligadas a Petrobrás, seja da construção naval, construção civil ou de dutos.
Estas demissões somadas ao ataque ao seguro desemprego estão pressionando os trabalhadores a aceitarem empregos com menores salários mesmo com a inflação crescente. Os ajustes em curso, deste modo, estão se mostrando não somente “cortes” mas uma política contra a renda dos trabalhadores e para aumentar os lucros dos empresários.
EFE/Redação Esquerda Diário
Temas