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Privatização do transporte | Demissão em massa! Tarcísio e metrô demite pintores sem justa causa para terceirizar setor

Governador Tarcísio dá mais um passo na sua sanha pela privatização, demitindo mais de uma dezena de trabalhadores do setor de pintura do metrô.

terça-feira 23 de janeiro | Edição do dia
Ato de trabalhadores da manutenção contra a demissão dos pintores

Como mais uma medida de ataque aos metroviários e à população de São Paulo, a direção do metrô demitiu, no dia 16 deste mês, sem apresentar nenhum tipo de justa causa, mais de uma dezena de pais de família. Pintores que há anos estavam em seus postos.

O metrô, a mando de Tarcísio, faz esse movimento para entregar todo esse setor nas mãos de um punhado de empresários, ou seja, demitiu trabalhadores para entregar nas mãos de uma empresa privada, onde já se realizou o leilão desde março do ano passado.

A terceirização de diversas áreas do metrô vem aumentando em um ritmo acelerado. Um dia antes dessa notícia de demissão em massa, a empresa Works assumiu o atendimento das linhas de bloqueio das estações. O metrô paga para a empresa terceirizada o equivalente ao que cada trabalhador efetivo receberia, mas os trabalhadores terceirizados recebem cerca de 50% a menos. É de forma bastante escancarada uma transferência de dinheiro público para as mãos privadas.

E, diferente do que a empresa e o governador falam, a terceirização prepara a privatização e ataca a organização sindical dos metroviários. A terceirização significa piores condições de trabalho, com salários menores, ausência de EPI’s, com isso piora o atendimento e os serviços prestados à população, piora a infraestrutura, dado que o objetivo das empresas é apenas o lucro; e, é claro, também ataca a organização dos trabalhadores.

Os trabalhadores do metrô foram linha de frente em se contrapor às políticas privatistas de Tarcísio de Freitas. Realizaram 3 greves durante o ano, 2 delas de forma unificada com trabalhadores de outras categorias também atacadas como os ferroviários, sabespianos e professores, e contaram com um apoio maciço da população, que nem a mídia conseguiu esconder.

É por conta dessa força que os trabalhadores mostraram de forma independente e unificada que o governador atua para minar e desagregar, a exemplo da perseguição que ele está comandando aos trabalhadores grevistas, com punições ilegais de metroviários que estavam lutando por seus direitos. Para a população e trabalhadores é isso que Tarcísio oferece, para os empresários ele entrega todas as vantagens possíveis, como a tarifa dos transportes que ele aumentou de 4,40, que já era absurdamente caro, para 5 reais.

Somos absolutamente contra a demissão massiva dos pintores e devemos batalhar pela readmissão imediata. A categoria de metroviários já tem uma assembleia marcada para terça-feira (23) para discutir o que fazer frente a esse ataque que entra no “combo privatista” do governador de extrema direita e como retomar toda a mobilização que se mostrou com grande potencial para impor uma derrota a esse governo.

Junto ao combate às privatizações, é necessário defender também a efetivação dos trabalhadores terceirizados sem que seja necessária a realização de concurso, pois são trabalhadores que não precisam provar nada mais do trabalho que realizam e que devem ter todos os direitos iguais e salários iguais aos dos trabalhadores efetivos, por isso a necessidade de uma luta unificada entre efetivos e terceirizados.

Essa unidade, somada à unidade às outras categorias e com toda a população que usa todos os dias os serviços públicos, só vai acontecer com a massificação da luta. E para tanto, as centrais sindicais devem romper imediatamente com a conivência com essa política de privatizações, uma política que também é fortalecida pelo governo federal Lula-Alckmin, que forneceu bilhões para Tarcísio privatizar. É preciso que sejam organizadas assembleias e um plano de lutas que se enfrente com as privatizações de Tarcísio.

Nada mais inspirador que a greve geral que os trabalhadores argentinos farão no dia 24, dando uma resposta à altura para a extrema direita de Milei, de que não será suportado nenhum ataque e que a crise não será descarregada nas costas dos trabalhadores.




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