sexta-feira 29 de janeiro de 2016 | 00:11
Na quarta-feira (27) reuniram-se representantes de diversas empresas estatais para debater o PLS 555/2015, chamado de “Estatuto das Estatais”. O projeto é um substitutivo ao PL 167 de 2015, do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), e uma referência ao PLS 343, também deste ano, do senador Aécio Neves (PSDB-MG). Sob o pretexto da “transparência” na condução das estatais, o projeto traz em suas normas gerais a determinação de que “empresa pública e sociedade de economia mista serão constituídas sob a forma de sociedade anônima”.
No encontro, foi criado um Comitê em defesa das empresas públicas, e convocado um dia de luta, no dia 03 de fevereiro, mês em que o projeto pode ser votado. Participam do comitê as centrais sindicais CUT, CTB, Intersindical, CSP-Conlutas e Nova Central, além de Contraf-CUT, Fenae e FUP.
De fato, o projeto do PSDB pretende aprofundar a privatização de empresas estatais, projeto que sempre foi defendido e implementado por este partido. O que chama a atenção é que setores governistas como CUT e CTB se coloquem a frente de uma suposta defesa das estatais enquanto o governo petista desenvolveu outras formas de privatizar e quanto a isso nada dizem. Petrobras, Banco do Brasil, Caixa, Correios, só pra citar as maiores empresas estatais, todas sofrem processos de privatização petista, através da criação e venda de subsidiárias e terceirização, por exemplo. E o que falar dos portos e aeroportos?
Difícil levar a sério um plano de lutas interessado como esse, onde a privatização só é combatida, de forma midiática e não organizada realmente nas bases, e apenas quando se trata de enfrentar a oposição burguesa. Hipocrisia?
A CSP-Conlutas e a Intersindical deveriam estar construindo em suas bases um movimento amplo e independente dos trabalhadores contra os ajustes do governo, e os ataques aos direitos dos trabalhadores e aos serviços públicos e empresas estatais, sim, mas esta luta não poderá ser travada sem desmascarar as posições adaptadas ao governo da burocracia sindical.
Foto e informações do site: http://www.diganaoaopls555.com.br/portal/diga-nao-ao-pls-555/
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