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CRISE INTERNACIONAL | Comércio entre países da América Latina caiu 21% em 2015

A evasão fiscal chega a US$ 320 bilhões anuais nos países latino-americanos, segundo a secretária executiva da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), Alicia Barcena.

quinta-feira 21 de janeiro de 2016 | 10:14

A evasão fiscal chega a US$ 320 bilhões anuais nos países latino-americanos, segundo a secretária executiva da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), Alicia Barcena. O dinheiro enviado ilegalmente ao exterior soma US$ 150 bilhões por ano. O estudo com esses dados e informações detalhadas por país ainda será publicado pela organização.

A secretária Alicia Barcena coordenou na quarta-feira, 20, à tarde, no Fórum Econômico Mundial, um painel sobre transformações na região. Ela mesma contribuiu com um dado importante para mostrar a baixa integração econômica na região. No ano passado, enquanto o comércio exterior latino-americano diminuiu 14%, as trocas intrarregionais encolheram 21%.
As perspectivas são pessimistas para a economia na América Latina, e essas negociações em Davos não poderão ter resultados muito inovadores dada as contradições mais profundas dos países e a enorme pressão que o capital financeiro internacional tende a exercer agora com o contexto de uma nova etapa da crise econômica internacional, que afeta particularmente os países dito “emergentes”

Dependência

Além de pouco integrados entre si, os latino-americanos, com exceção do México, são muito dependentes da exportação de commodities - matérias-primas e produtos pouco elaborados.

Todos foram afetados pela queda dos preços das commodities, determinada em grande parte pela desaceleração da economia chinesa. O Produto Interno Bruto (PIB) da China cresceu no ano passado 6,9%, segundo informação oficial divulgada nesta semana. Pela primeira vez, em mais de 20 anos, a variação anual ficou abaixo de 7,0%. O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê para a economia chinesa taxas de expansão de 6,3% neste ano e de 6,0% no próximo.

O baixo crescimento da China, principal importadora das commodities latino-americanas, é mais um sinal - reconhecido pelos participantes do painel - da crise que começa a enfrentar os países emergentes, com forte impacto na América Latina.

AE / ESQUERDA DIÁRIO


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Economia



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