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Eleições SINPEEM | Com cheiro de fraude, eleições do SINPEEM são impugnadas e adiadas

No dia da eleição do SINPEEM, os educadores municipais de São Paulo relataram diferentes problemas, com eleitores devidamente filiados e não reconhecidos, IPs bloqueados, uma série de erros que num processo eleitoral são inaceitáveis e acabam por constranger e inviabilizar a votação dos educadores.

sábado 6 de maio de 2023 | Edição do dia

As eleições para direção do SINPEEM que deveriam ter acontecido hoje, 5 de maio, foram impugnadas e adiadas frente aos inúmeros “erros” denunciados pelos educadores do município que não conseguiram votar. As eleições foram organizadas para ocorrer de forma completamente virtual durante apenas um dia, em um formato que há bastante tempo vem sendo denunciado pela categoria pela total falta de transparência e pelo caráter despolitizante. Pois justamente o que se viu desde as primeiras horas de votação apenas reforçaram as suspeitas e denúncias dos educadores. Cheirava a fraude! Muitíssimos servidores relataram diferentes problemas, eleitores devidamente filiados e não reconhecidos, IP bloqueados, uma série de erros que num processo eleitoral são inaceitáveis e acabam por constranger e inviabilizar a votação dos educadores.

Mas a categoria que já conhece a bastante tempo quem é essa direção burocrática liderada por Claudio Fonseca (Cidadania), representada na Chapa 1, tem todas as razões do mundo para denunciar e acreditar que esses “erros” não são simples falhas, já que seriam muito oportunos para garantir que a máquina da burocracia por mais quatro anos de autoritarismo e desmobilização à frente do SINPEEM. Diga-se de passagem, o próprio processo eleitoral teve início com uma manobra que transformou uma reunião de Conselho em uma assembleia, sem ampla construção e divulgação entre a categoria, para conformar uma comissão eleitoral composta em sua maioria pela direção atual. Ou seja, a base nunca teve vez e voz para definir quando deveriam acontecer as eleições, o seu formato e como garantir total transparência do processo, muito menos na decisão votada neste espaço de estender para quatro anos a duração do mandato da próxima diretoria eleita. É lamentável vermos figuras como Eduardo Suplicy (PT) declarando apoio à Chapa 1 de Claudio Fonseca, mas não é nenhuma surpresa o que vimos no último ato dia 26/04 com a Bebel (PT), presidente encastelada há décadas na diretoria da APEOESP, trocando elogios com Claudio Fonseca em cima do caminhão de som.

As persistentes e sucessivas falhas “técnicas” na votação que ocorreram hoje ganharam proporções tão absurdamente antidemocráticas que a própria diretoria do SINPEEM e a comissão eleitoral, responsáveis por este processo, se viram forçadas a defender o cancelamento e o adiamento das eleições. Neste cenário, em que setores da comissão eleitoral chegam a afirmar que a nova data eleitoral está sendo indicada apenas após o fim da campanha salarial, nós, do Movimento Nossa Classe Educação, defendemos como mínimo que os educadores tenham o controle do processo eleitoral em suas mãos, com uma comissão eleitoral votada na base, para que a categoria possa decidir como, quando se dará e garantir total transparência do processo.

Fora burocracia do nosso sindicato; fora Claudio Fonseca; por um sindicato independente dos governos e nas mãos dos educadores!




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