Em Cuiabá, no início da noite desta segunda-feira (30), cerca de 159 famílias ocuparam a Avenida República do Líbano com cartazes e gritando palavras de ordem em um pedido por moradia, após terem sido despejados de uma ocupação no Bairro Altos do Ubirajara. É preciso lutar por uma profunda e radical reforma urbana, que reorganize a propriedade a serviço dos trabalhadores e povo pobre, e não da especulação imobiliária.
terça-feira 31 de maio de 2022 | Edição do dia
Imagem:TVCA
As famílias protestaram contra os policiais militares, que covardemente desocuparam os barracos. As famílias estão morando no local há quatro anos, e o dono nunca apareceu.
Em abril deste ano, a polícia realizou uma ação de reintegração de posse no local.
Existe uma briga judicial pela posse do terreno. O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) diz que a área é dele, mas uma pessoa que se diz proprietário do imóvel entrou com uma ação na Justiça, que determinou a desocupação.
A área fica no Jardim Ubirajara, próximo a MT-251, que liga Cuiabá a Chapada dos Guimarães. No dia 20 de abril deste ano, oficiais de Justiça e a Polícia Militar começaram a cumprir um mandado de reintegração de posse determinado pela Justiça.
Veja também: De Petrópolis a Recife: tragédias capitalistas que mostram a urgência de uma reforma urbana radical
Diante de cenas como essas, que seguem acontecendo no Brasil de Bolsonaro, é preciso lutar por uma profunda e radical reforma urbana, que reorganize a propriedade e uso do solo urbano, acabando com a especulação imobiliária dos empresários e capitalistas.