Nesta quarta-feira (24), os aeronautas fizeram uma assembleia em São Paulo para decretar a greve da categoria contra a negativa da empresa de reajustar os salários.
quarta-feira 24 de novembro de 2021 | Edição do dia
Mesmo após o reaquecimento do setor aéreo após a pandemia, a patronal da aviação (Snea) busca manter os ataques aos trabalhadores se negando a reajustar os salários dos aeronautas, que já somam uma perda de 15% no poder de compra segundo a inflação. Além disso, ameaçou diversos ataques à CCT, como cortes no auxílio refeição e a imposição de quartos compartilhados, o que foi retirado após a aprovação do início de procedimento de greve por mais de 6 mil trabalhadores.
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A assembleia em São Paulo contou com mais de 200 trabalhadores que votaram por unanimidade o início da greve, demonstrando um enorme potencial de luta dessa categoria que pode parar o setor de transportes aéreos e de carga. A greve inicia dia 29 de novembro com 50% da categoria trabalhando dia sim dia não.
Durante toda a pandemia, os aeronautas seguiram trabalhando sem parar, sendo expostos ao coronavírus, além de sofrerem demissões, redução de salários e jornadas, além do congelamento dos salários. O que as companhias aéreas buscam seguir fazendo é aumentar suas taxas de lucro em cima da precarização das condições de trabalho dos funcionários.
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A greve a mobilização mostram o caminho para combater os ataques patronais que são fortalecidos pelo governo reacionário de Bolsonaro, que busca descarregar sobre as costas dos trabalhadores o peso da crise. Essa categoria nacional e estratégica tem uma enorme força e potencial para impactar demais setores, mostrando que não vão deixar suas vidas serem precarizadas para manter os lucros dos patrões.