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Privilégios | Absurdo! Deputados estaduais de SP e MG votam aumentar os próprios salários para R$ 34,7 mil

Enquanto a população trabalhadora amarga altos índices de inflação e anos sem aumento, deputados de São Paulo e Minas Gerais aprovam aumento progressivo dos próprios salários até 2025.

sábado 31 de dezembro de 2022 | Edição do dia

Seguindo exemplo de deputados federais e senadores - que aumentaram seus próprios salários no final de novembro, bem como dos cargos do executivo -, a Assembleia Legislativa de São Paulo e a Assembleia Legislativa de Minas Gerais também aprovaram um aumento substancial em seus próprios salários já para o próximo ano, ultrapassando os 35% de aumento até 2025; já no começo de 2023 o salário dos deputados estaduais subirá mais de 6 mil reais.
Em um Brasil em que os altos índices de inflação - principalmente dos alimentos - corroem o poder de compra da população mais pobre, levando milhares à uma condição de fome e miséria, em que o desemprego e a informalidade assombram os trabalhadores e trabalhadoras, em que mobilizações e greves conseguem, a duras penas, manter os poucos direitos que ainda restam da classe trabalhadora, os representantes eleitos na democracia burguesa seguem legislando em causa própria aumentando consideravelmente seus já altos salários.

Além de ocuparem seus cargos para legislar em prol da parcela da sociedade que detém o poder econômico do estado e financiam suas campanhas, muitas vezes são eles os beneficiados de suas próprias ações dentro do poder legislativo; enquanto isso, diversas categorias pelo país seguem a anos sem aumento nos seus salários, sequer cobrindo os altos índices inflacionários do último período.

Em São Paulo e Minas Gerais, Tarcísio de Freitas (PL) e Romeu Zema (NOVO), aliados de primeira ordem de Bolsonaro e inimigos da classe trabalhadora, já começarão seus mandatos com o aumento salarial aprovado pelos deputados e com a maioria das duas casas legislativas, prontos para colocarem em prática a política neoliberal de ataques e privatizações que foi a tônica de suas campanhas; porém, não farão isso sem a conivência do PT nos dois estados, que votou de forma absoluta pelo aumento salarial escandaloso dos deputados.

A política de conciliação do governo de frente ampla da chapa Lula/Alckmin não irá fazer frente a absurdos como esses; sequer nos estados onde governa e têm representantes eleitos nas casas legislativas, o PT se colocará como oposição a projetos como esses. Apenas a mobilização da classe trabalhadora, de forma totalmente independente de qualquer governo, aliada aos movimentos sociais, aos desempregados e à população mais pobre é que pode barrar os ataques que virão pela frente nos próximos períodos, impondo, por exemplo, que todo político ganhe o salário de uma professora da rede pública ou de um trabalhador médio brasileiro.




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