Embora com menor adesão do que nos anos anteriores, as marchas foram enormes em cidades como Madri, Barcelona, Saragoça e Bilbau.
segunda-feira 9 de março de 2020 | Edição do dia
“Juntas contra a desigualdade e a precariedade”, “Revolta feminista. Com direitos, sem barreiras. Feministas sem fronteiras”, foram algumas das bandeiras que encabeçaram as manifestações este ano.
Segundo as autoridades, houve 50.000 manifestantes em Barcelona e números semelhantes em Bilbau, 20.000 em Sevilha e 120.000 em Madri. Os organizadores multiplicam esses números pelo menos o dobro em cada local. Os números são mais baixos do que nos últimos anos, embora o movimento maciço tenha sido mantido.
Como nos últimos anos, o 8M reuniu milhares de mulheres em diferentes cidades do Estado espanhol. Protestos, comícios e marchas, piquetes e greves parciais ocorreram em algumas cidades como Barcelona, Saragoça ou Cádiz.
O fato de que a participação ter sido um pouco menor do que nos anos anteriores é explicado por vários motivos. Por um lado, desta vez não houve convocatória para uma greve operária pelo movimento feminista ou pelos sindicatos (exceto em alguns territórios), o que limitou o impacto do dia. Por outro lado, a chegada dos líderes do Podemos ao Ministério da Igualdade no governo de coalizão com os liberais sociais do PSOE gerou certas expectativas em setores do movimento de mulheres, promovendo a ideia de que reivindicações contra a violência sexista ou contra a precariedade pode ser alcançada “de cima” através dos acordos parlamentares que o governo obtém.
Pelo grupo Pão e Rosas espanhol, por outro lado, Lucia Nistal destacou a necessidade de “aprofundar a mobilização independente do movimento de mulheres, porque os direitos se conquistam com a luta nas ruas e não nos escritórios do governo”.
#8M2020 #Madrid “En esta jornada mundial de lucha envío un fuerte abrazo a las compañeras de #PanyRosas que han salido a las calles en distintos países del mundo” @Lucia_Nistal | @PanyRosasEE @PanyRosas_Arg @PanyRosasMex @Pao_e_Rosas @Pain_Et_Roses @PanyRosasChile @brot_und_rosen pic.twitter.com/Tz4GuqqLFV
— IzquierdaDiario.es (@iDiarioES) March 8, 2020
Josefina Martínez, porta-voz do Pão e Rosas, também apontou que “esse governo tem um discurso progressista, mas mantém políticas neoliberais, não revoga reformas trabalhistas, eleva mais as cercas de Melilla e mantém os CIEs abertos, contra as demandas de trabalhadoras, mulheres precárias e migrantes”.
#8M2020 #Madrid “Estamos otra vez en un #8M de lucha en el marco de un nuevo gobierno que se dice progresista, pero que mantiene las políticas neoliberales, las vallas y los CIEs contra las inmigrantes...” La valoración de @josefinamar14 referente de @PanyRosasEE y la @CRTorg pic.twitter.com/9aWxGItefY
— IzquierdaDiario.es (@iDiarioES) March 8, 2020
Em Madri, a mobilização começou em Atocha, cruzando o Paseo del Prado em direção à Plaza España.
#8M2020 #Madrid Masiva manifestación recorre Paseo Del Prado hacia Plaza España #8M @PanyRosasEE @panyrosasmad pic.twitter.com/JuxuH5S6bI
— IzquierdaDiario.es (@iDiarioES) March 8, 2020
O 8M em Barcelona começou muito cedo com os piquetes Las Kellys, em frente aos grandes hoteis da cidade. Como outros anos, reivindicam melhores condições de trabalho e melhores salários, lutando contra a terceirização e a precariedade.
[Barcelona] #aramateix piquete de huelga en el #HotelGrandCentral de @LasKellysBCN con todo el orgullo desde #PanyRosas apoyando a las trabajadoras ! Ellas SÍ hacen huelga este #8marzo2020 💪🏼💪🏼 #8M pic.twitter.com/g1BvprFLyj
— Pan y Rosas (@PanyRosasEE) March 8, 2020
À tarde, a manifestação inundou as ruas do centro da capital catalã.
Paula e Motis do Pão Rosas Barcelona expressaram sua solidariedade à luta das trabalhadoras precárias e levantaram a necessidade de “uma perspectiva anticapitalista, antiimperialista e feminista de classe”.
[#Barcelona] #Aramateix acabant la jornada de #VagaGeneralFeminista i mobilització aquest ens parlan @paulaviff i @emotisma de @PanyRosasEE #8M2020 #8demarç pic.twitter.com/flORzAgw2h
— EsquerraDiari.cat (@EsDiariCat) March 8, 2020
Em Zaragoza, a manifestação passou por trás de uma faixa com o lema: "Se pararmos, o mundo para". Lá, a canção "A culpa não foi minha" do coletivo chileno Las Tesis, foi cantada.
La canción contra la violencia patriarcal de la policía chilena cantada en el #8M2020 #8Marzo #8M en Zaragoza
Solidaridad con las mujeres en lucha en #ChileNoSeRinde @PanyRosasEE @PanyRosasChile pic.twitter.com/FghQOu9vHA— IzquierdaDiario.es (@iDiarioES) March 8, 2020