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Rio de Janeiro | 5 propostas para fortalecer a greve da rede estadual da educação

Confira 5 propostas do Nossa Classe Educação para fortalecer a greve da rede estadual da educação do Rio de Janeiro.

Carolina CacauProfessora da Rede Estadual no RJ e do Nossa Classe

terça-feira 23 de maio de 2023 | Edição do dia

5 propostas para fortalecer a greve da rede estadual da educação

1 - Organizar a luta desde a base, a greve e a mobilização devem ser feitas com a categoria no centro das decisões. Fortalecer o comando de greve.

Castro quer vencer a greve pelo cansaço sem negociar e mentindo na mídia sobre o pagamento do piso e achatando o plano de carreiras. Nossa greve está forte e precisa se ampliar, por isso é chave a organização dos grevistas em cada escola, é a força da greve que pode fazer com que os os profissionais que ainda estão em dúvida de aderir se somem à luta. Por isso defendemos que a greve deve ser comandada por um comando de delegados eleitos e revogáveis em assembleias em cada escola. Junto ao SEPE, este comando deve ter força de deliberar manifestações, atividades e ser parte das negociações. A categoria deve assumir a luta nas suas mãos.

2 - Construir nossa greve em unidade com a comunidade escolar.

Os estudantes e seus responsáveis são nossos principais aliados. O sucateamento da educação pública afeta em primeiro lugar os filhos da classe trabalhadora. A construção dessa aliança com a comunidade fortalece a luta por mostrar que somos todos uma só classe, e os únicos realmente preocupados com a educação pública. Enquanto Castro nega seu aumento, aumentou seu próprio salário e de sua cúpula em 60%, enquanto os filhos dos trabalhadores comem ovos de mistura nas merendas por falta de verba, Castro esbanja banquetes em festas e gastou milhões em escândalos de corrupção no Cederj, UERJ e Seeduc. Precisamos derrotar Castro e seus ataques. Essa greve é de todos os trabalhadores/as.

3 - Revogação integral do Novo Ensino Médio

A reforma do novo ensino médio é um ataque sem precedentes à educação pública, impedindo que a juventude tenha acesso a conteúdos críticos, precarizando a formação dos estudantes e o trabalho dos professores, para atender os interesses do capital financeiro. Defender a educação passa por defender o piso salarial, e também pela revogação total do NEM, não podemos abrir mão dela em nome de uma hierarquia na pauta salarial, nossa greve é política, devemos mostrar a situação precária da educação. Isso fortalece nosso diálogo com a sociedade e nossa greve. O governo Lula e Alckmin, já disseram que não irão revogar mostrando que estão do lado das fundações privadas da educação. Esse ano já tiveram várias lutas da educação. Nossa greve pode ser um ponto de apoio nacional para a revogação total do Novo Ensino Médio.

4 - Contra o novo ensino médio e o arcabouço fiscal, é necessário unificar as lutas nacionalmente

O novo arcabouço fiscal de Lula e Haddad, nada mais é do que um novo teto de gastos que restringe a ampliação de gastos públicos, garantindo que o governo sempre tenha que investir menos do que arrecada. Num cenário de pouco crescimento econômico, o que estará colocado são mais cortes nos investimentos estatais nos serviços públicos, além de incluir gatilhos que podem proibir novos concursos, aumentos salariais, ou seja, toda a nossa luta pelo piso pode ser atacada nos próximos anos. O arcabouço é um ataque neoliberal que significará mais precarização, arrocho salarial e mais terceirizações. Por isso nossa categoria precisa se colocar frontalmente contrária nessa greve.

5 - Unidade da categoria e das lutas em curso no país com independência dos governos

Castro e os governos anteriores souberam dividir a categoria, usando da falta de recomposição salarial para impor as GLPs e assim busca controlar a mobilização dos professores através de ameaças de retiradas delas. A mesma divisão ocorre entre professores e funcionários que recebem menos do que o salário mínimo. Precisamos lutar contra a divisão da categoria para sermos vitoriosos. Enquanto estamos divididos, os de cima estão unidos. Castro se une com Camilo Santana em uma divisão de tarefas para seguir os ataques à educação. Para a luta ser vitoriosa, precisamos unir a categoria com independência política dos governos. Precisamos unificar as lutas da educação no país: por nossos salários, contra o arcabouço fiscal e o NEM.

CLÁUDIO CASTRO PAGUE O PISO JÁ!

REGOVAGAÇÃO INTEGRAL DO NOVO ENSINO MÉDIO!

CONTRA O ARCABOUÇO FISCAL!

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