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GOLPE INSTITUCIONAL | Urgente: PT recorre a STF para suspender efeitos do impeachment

Conforme prometido o PT entrou com ação no STF para suspender os efeitos do impeachment até o julgamento final. A aposta em uma resistência dos advogados e não da CUT mostra confiança no golpismo do STF mas também como não quer colocar no centro a luta contra os ajustes iniciados pelo próprio PT.

quinta-feira 1º de setembro de 2016 | Edição do dia

Conforme prometido no discurso que Dilma fez depois da consumação do golpe institucional o PT recorreu contra o impeachment. Naquele discurso Dilma anunciou que se oporiam de todas maneiras ao “governo usurpador”, usando tons que contrastaram fortemente com os ajustes que o PT vinha fazendo e sua não resistência ao golpe. A medida de hoje visa conseguir um efeito suspensivo ao impeachment até que o STF termine de validar o mesmo.
O STF deve concluir o processo de julgamento de acordo com a Constituição. O PT aposta em uma suspensão até esse julgamento definitivo, até um “transito em julgado” do golpe institucional. Chama atenção como mais uma vez apostam nos senhores e senhoras do STF, eleitos por ninguém, que mostraram em repetidas ocasiões que interpretam e rasgam a Constituição a seu bel-prazer conforme suas vontades políticas para dirimir a crise.

O relator desse mandato de segurança será Teori Zavacki, o relator da Lava Jato. A repetida aposta no judiciário como arbitrário escancara a confiança do PT nessas instituições golpistas e como suas opções de “resistência” e “governo” se casam: conchavos com a direita do Congresso, apelos ao senso constitucional de golpistas, enquanto um silêncio sepulcral por parte da CUT frente aos ataques anunciados em horário nobre na televisão. Ajustes estes, como a reforma da Previdência, que o PT iniciou e Temer busca levar a cabo, com pressa e contundência. Em última instância foram os ataques do PT que abriram caminho à direita.

O protagonismo da resistência dos advogados e não da CUT, mostra como a orientação do PT é mostrar raiva da direita, mas, em última instância, seguir mostrando-se como responsável administrador do capital em terras pátrias, o que não poderia fazer se desatasse a luta necessária em cada local de trabalho no país e exigiria lutar não somente contra os novos ataques dos golpistas mas contra aqueles iniciados pelo próprio PT.




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