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Greve Nacional da Educação | TAEs da UFPE rejeitam proposta do governo e votam continuar a greve

Em assembleia realizada hoje, TAEs rejeitam proposta de 0% de reajuste esse ano e votam continuar a greve

quinta-feira 25 de abril | Edição do dia

Os técnicos-administrativos em educação (TAEs) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) já estão em greve desde o dia 11 de março. E hoje, quarta-feira (25), foi realizada uma nova assembleia em formato híbrido em conjunto com os técnicos do Centro Acadêmico de Vitória (CAV-UFPE). Em que reuniu só presencialmente mais de 300 trabalhadores e foi deliberado a não adesão a proposta dos reajustes de 0% do governo Lula-Alckmin. Diante disso, votaram também para seguir em greve, por tempo indeterminado, pelas suas demandas.

Nesse cenário de aumento de greve dos técnicos, professores e estudantes, suas reivindicações encontram uma barreira pelo caminho, ou melhor dizendo, um "teto": o Arcabouço Fiscal. Também chamado de "novo teto de gastos", é um mecanismo neoliberal aprovado pelo governo Lula-Alckmin que coloca um limite aos investimentos públicos. Uma política muito similar que já vinha sendo posta em prática pelo governo golpista do Temer e de extrema-direita do Bolsonaro. Não à toa, o governo atual manteve cortes e ampliou outros, por exemplo, o recente corte de 4 Bilhões em setores da educação, saúde e ciência e tecnologia.

Essa ferramenta do Arcabouço Fiscal é o meio em que o governo Lula-Alckmin, junto aos banqueiros e empresários, encontraram para sucatear ainda mais as universidades públicas. Por esse motivo, várias universidades e institutos federais anunciaram algumas vezes nos últimos anos que não tinham dinheiro para fechar as contas, significando a possibilidade de encerramento dessas instituições por falta de recursos. Mas para onde vai o orçamento que deveria ser destinada a esses setores? Aberta a possibilidade de investir os mínimos constitucionais na educação, o restante do dinheiro está sendo usado para pagar a dívida pública. Dessa maneira, o orçamento que deveria ser destinado integralmente para estudantes e trabalhadores, está sendo utilizado para encher os bolsos dos banqueiros detentores da dívida pública.

Nós da Faísca Revolucionária defendemos a aliança operária-estudantil, em que a greve dos estudantes entra para somar e fortalecer a greve dos três setores. É nítido como o Arcabouço Fiscal impacta a vida dos TAEs, professores e estudantes, e uma defesa da educação em conjunto, mesmo com demandas parcialmente diferentes, possibilita uma maior chance de êxito da greve.

Toda solidariedade à greve dos técnicos administrativos e professores!

Contra os cortes na educação e o Arcabouço Fiscal do governo Lula-Alckmin!




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