×

Pão e Rosas | Recife de João Campos e Pernambuco de Raquel Lyra batem recordes de feminicídios no último ano

Pernambuco lidera como o Estado com maior casos de feminicídios do Nordeste: derrubar já o patriarcado com a força da nossa luta e de forma independente dos governos!

terça-feira 12 de março | 22:50

No último ano, os casos de feminicídio não apenas persistiram, mas também aumentaram em todo o Brasil, revelando a conivência dos governos com essa realidade brutal.

No Estado de Pernambuco, no ano de 2023, 92 mulheres foram vítimas de feminicídio, segundo o novo relatório Elas Vivem: liberdade de ser e viver, da Rede de Observatórios da Segurança. No Nordeste, o estado ocupa o primeiro lugar no número de casos de feminicídio entre os estados monitorados pela Rede para o boletim. Ao todo, são oito: Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Piauí, Pará, Rio de Janeiro e São Paulo. O resultado do ano passado é 55,9% maior que o de 2022, quando 59 mulheres foram vítimas fatais do patriarcado.

Além disso, segundo o mesmo relatório, dos 92 casos, 62 foram cometidos por parceiros ou ex-parceiros. Onde Recife foi a cidade que liderou no número de casos de feminicídios, com 10 registros. O estado também teve o maior número de vítimas mortas com armas de fogo na região: 28 casos.

É importante também rememorar que no ano de 2022, o Estado de Pernambuco liderou como o Estado com maior casos de transfeminicidios do Nordeste. Ficando assim mais que evidente que o governo de Raquel Lyra nunca foi uma aliada das mulheres e a falência da representatividade quando não está enraizada em uma agenda de transformação radical da sociedade capitalista, que perpetua todas as formas de opressão e violência contra as mulheres e os setores mais oprimidos.

O governo de Raquel Lyra (PSB) e do prefeito João Campos (PSB) de Recife demonstram que não são nenhuma alternativa contra a violência às mulheres, além de promoverem o aumento da precarização do trabalho e da vida. É importante destacar que esses partidos burgueses, como o PSB, assim como a família Lyra da governadora, têm suas raízes nas estruturas políticas do coronelismo e das oligarquias pernambucanas, que persistem em suas práticas até os dias de hoje.

As políticas e ataques à classe trabalhadora tanto no governo de Raquel Lyra como na prefeitura de João Campos, refletem diretamente na vida das mulheres, principalmente, através da precarização do trabalho e da falta de incentivo financeiro em políticas voltadas para construção de casa abrigo para acolhimento de mulheres vítimas de violência, confinando-as no ambiente doméstico e tornando-as dependentes de relações muitas vezes abusivas, nas quais a violência é uma consequência comum.

Além disso, é fundamental denunciar que o projeto de privatização dos serviços de saúde básica em Recife, proposto pelo prefeito João Campos, constitui mais uma ameaça à vida das mulheres, que são as principais usuárias desses serviços, além da enorme precarização na rede de assistência social. Essas medidas também perpetuam um sistema que prioriza o lucro em detrimento da saúde e da vida da população, especialmente das camadas mais empobrecidas da sociedade. No caso de Raquel Lyra fica evidente que não basta que uma mulher assuma um posto político para que a demanda das mulheres sejam atendidas, ao contrário, Raquel Lyra governa para a oligarquia e burguesa regional, contra os interesses e demandas das mulheres, em especial as trabalhadoras. .

Por isso, é preciso organizar a nossa luta de maneira independente, sem depositar qualquer confiança nos governos e instituições do regime capitalista brasileiro. Somente através da nossa mobilização nas ruas, com a força da nossa luta, conseguiremos conquistar um plano de emergência eficaz contra o feminicídio, a violência e a crescente precarização do trabalho e da vida das mulheres.




Comentários

Deixar Comentário


Destacados del día

Últimas noticias