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Articulador do NEM | O reacionário Lehmann fecha parceria com Governo Lula em dois Ministérios

A ONG MegaEdu diretamente ligada à Fundação Lemann, ganhou mais espaço estratégico no governo Lula, agora podendo influenciar decisões administrativas e financeiras na área de educação.

segunda-feira 25 de setembro de 2023 | Edição do dia

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A MegaEdu, uma ONG financiada por Lemann, criada há menos de um ano, fechou um acordo com o Ministério da Educação (MEC) para opinar sobre a conectividade de escolas públicas à internet. Simultaneamente, a ONG foi incluída em um conselho do Ministério das Comunicações responsável por definir parte dos cerca de R$ 6,6 bilhões destinados à conectividade dos estudantes.

A inserção da MegaEdu nos órgãos governamentais foi intermediada pela secretária de Educação Básica, Katia Schweickardt, que até recentemente fazia parte do comitê de especialistas do Centro Lemann, outra entidade ligada ao empresário.

Vale relembrar alguns dos mais reacionários projetos de Lemann. A começar pelo movimento golpista "Vem Pra Rua" que ajudou a golpear Dilma. Desde o governo Temer, esse bilionário parasita passou a ter cada vez tendo mais influência dentro dos Governos, chegando a ter poder de indicação de gestores da Eletrobrás, e colocando o plano de desmonte desta em prática para depois arrancá-la dos brasileiros com o Leilão a preço de banana entregue por Bolsonaro. O mais recente projeto da Fundação Lemann, o novo ensino médio, segue contemplado dentro do governo Lula-Alckmin, esse que já mostra desde a nomeação de representantes da Fundação Lemann no Governo de Transição ano passado, que não tem nenhum interesse em revogar a perversa reforma do ensino médio.

A Reforma do Ensino Médio foi a primeira reforma do regime político do golpe de 2016, é um ataque enorme à juventude e às condições de trabalho dos educadores, sendo parte de um projeto de país de cortes, precarização e mais lucros para os grandes empresários. Essa reforma significa a continuação da política de cortes orçamentários e aplicação de toda a ideologia reacionária da extrema-direita, militarização de escolas, perseguição e ataques a cátedra para deslegitimar o papel dos educadores, avanço no projeto de homeschooling, ataques à discussão de gênero e sexualidade e contra os setores oprimidos – mulheres, negros, LGBTQIAP+ e indígenas – e mais lucros para os setores privados.

Não podemos aceitar o futuro miserável que querem impor à juventude nem as condições de trabalho cada vez mais precárias aos educadores. Será pela via da auto-organização, no terreno da luta de classes e com uma política de independência política, que poderemos revogar as reformas, enfrentar os monopólios do ensino privado, defender o acesso irrestrito da juventude à universidade com o fim do vestibular e um conhecimento a serviço da classe trabalhadora e do povo pobre.




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