Nesta terça-feira (30), manifestantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) ocuparam a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), em São Paulo, para exigir a suspensão da ordem de despejo realizada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo do Acampamento Marielle Vive, na cidade de Valinhos (SP).
terça-feira 30 de novembro de 2021 | Edição do dia
Foto: Júlia Gimenez/ Reprodução MST
Nesta terça-feira, militantes do MST se manifestaram contra a decisão de despejo de centenas de pessoas do Acampamento Marielle Vive, localizado na cidade de Valinhos, SP.
Pela manhã a sede do INCRA em São Paulo (SP) foi ocupada por centenas de manifestantes que denunciavam a situação, contra a decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo. Já pela tarde os manifestantes estiveram em frente ao TJ-SP, contra essa tentativa desumana de despejo.
🚩🚩🚩 MST REALIZA ATO NO TJ-SP CONTRA O DESPEJO DO MARIELLE VIVE!
✊🏾 Centenas de militantes Sem Terra realizam uma ação neste momento em frente ao prédio do TJ-SP, nem São Paulo (SP), contra a tentativa de despejo do Acampamento Marielle Vive, em Valinhos (SP) (...)+ pic.twitter.com/Hab7ziMNT6
— MST Oficial (@MST_Oficial) November 30, 2021
A autoritária decisão que permite o despejo de mais de 450 famílias foi tomada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo há uma semana, no dia 23 de novembro.
Segundo o MST, no acampamento Marielle Vive, na cidade de Valinhos, em São Paulo, vivem há quase 4 anos mais de 450 famílias e 150 crianças. A ocupação é localizada em uma área há anos abandonada da Fazenda Eldorado Empreendimentos Imobiliários servindo somente pra especulação imobiliária.
A região do acampamento está ocupada desde 2018, quando ainda era uma área completamente degradada e sem utilidade nenhum. Atualmente centenas de família além de viverem, trabalham e produzem seus alimentos.
A decisão judicial expulsa centenas de pessoas de sua moradia em um período de crise em que ainda ocorre uma pandemia. Isso tudo para favorecer o interesse de grandes empresários que lucram com a especulação e a exploração da natureza.
Toda solidariedade às famílias do Acampamento Marielle Vive que lutam contra o autoritarismo do judiciário. A luta por uma reforma agrária radical é urgente para combater a fome e a desigualdade contra os capitalistas que lucram com a miséria dos trabalhadores.