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Greve das federais | Ciências Sociais UFRN aprova greve junto aos técnicos e professores, contra o Arcabouço Fiscal

Os estudantes de Ciências Sociais da UFRN reunidos em assembleias pela manhã e a noite deste dia 17 de abril, aprovaram greve a partir do dia 22, se somando à greve dos servidores técnico-administrativos, dos bolsistas e docentes

quinta-feira 18 de abril | Edição do dia

A votação pela aprovação da greve ocorreu nas assembleias de licenciatura e de bacharelado e demonstram uma grande disposição de luta dos estudantes de Ciências Sociais que sofrem com a precariedade e a falta de permanência, como a falta de bolsas, da falta de um RU acessível, entre outras questões, como a falta de professores e problemas com ar-condicionado.

Que assim como o não reajuste dos salários dos servidores, são parte dos problemas colocados pela sequência de cortes na educação nos governos Temer e Bolsonaro, mas continuados pelo Governo Lula-Alckmin. Diante disso, votaram pela necessidade da luta pelo reajuste dos salários dos servidores, pela recomposição integral do orçamento da educação e contra o Arcabouço Fiscal. Nesse sentido, aprovaram junto à greve o seguinte mote da mobilização:

“Nós estudantes de Ciências Sociais nos unificamos à greve de professores, servidores e bolsistas, para lutar pelo reajuste salarial, revogação do Arcabouço Fiscal de Lula e Haddad e pela recomposição integral do orçamento da educação”

Esses cortes, junto com o arcabouço fiscal, estão a serviço de garantir o pagamento da dívida pública, escoando o dinheiro público que deveria estar a serviço das demandas classe trabalhadora e do povo pobre, mas acaba indo o pagamento dessa dívida ilegal, ilegítima e fraudulenta que é a dívida pública, uma verdadeira bolsa banqueiro, que garante lucros astronômicos ao capital financeiro multinacional.

Nesse sentido, as demandas tanto dos servidores, quanto dos professores e estudantes, não cabem no Arcabouço Fiscal. Como uma permanência para toda demanda, com bolsas de um salário mínimo, por cotas trans, para que o preço do RU seja reduzido radicalmente. E também um RU ampliado, mas sem precarização do trabalho, defendendo os terceirizados contra toda perseguição da reitoria, ameaça de demissão, para que tenham seus direitos e sejam efetivados sem concurso.

Nas assembléias de Ciências Sociais ontem, foi aprovada uma moção de apoio a luta dos terceirizados da UFRN, a mesma que já havia sido aprovada nas assembleias de servidores e de professores. Assim como uma moção contra a proibição reacionária do Senado de porte de drogas, que aprofunda a guerra às drogas que prende e mata a juventude negra, e que os estudantes de Ciências Sociais defendem a legalização.

Para os próximos dias, foram também votadas algumas atividades de construção coletiva da greve, como passagens em sala no setor 2 pela manhã de quinta-feira convocando os estudantes para as assembleias de bolsistas e assembleia geral dos estudantes, marcadas para quinta e sexta-feira. Uma oficina de cartazes e faixas na segunda-feira, que expresse nos corredores as posições votadas em assembleia e reivindicações dos estudantes. Junto a uma reunião aberta para pensar nas atividades de greve. Foi aprovado também a criação de um forms de sugestões de atividades para a greve, para motivar a participação presencial des estudantes.

São propostas que apontam no sentido de uma mobilização do curso, onde todos os estudantes possam ser parte ativa da construção ativa da greve, com atividades que façam com que a luta dos estudantes do curso possa se desenvolver para conquistar as suas demandas ao lado dos servidores e professores. Fazendo frente a paralisia do DCE, dirigido pelo PT e PCdoB, que está junto com o governo Lula-Alckmin, se recusando até mesmo a apoiar a greve dos professores e servidores, e atuando contra a possibilidade de uma greve unificada com os estudantes da UFRN entrando em cena.

Nesse sentido que os estudantes da Faísca Revolucionária interviram na assembleia, defendendo também que fosse votado a criação de um comando de greve e a eleição de delegados para estarem nesse comando, que sejam responsáveis por executar as resoluções da assembleia e revogáveis. Uma medida histórica da auto-organização dos estudantes em que a greve seja colocada na mão dos grevistas, e passe a dirigir o curso nesse momento. Uma proposta que foi combatida pelo Centro Acadêmico de Ciências Sociais, composto pela Correnteza, Olga Benário e independentes, que defenderam que o próprio CACS ficasse responsável pelos encaminhamentos da greve, o que busca conter a disposição de luta dos estudantes impedindo que sejam parte ativa de decidir e organizar a greve, e contribui para a passividade construída pelo DCE.

Todo apoio a greve dos estudantes de Ciências Sociais, um ponto de apoio para que se desenvolva uma greve unificada na UFRN e de todas as universidades do país, para impor o reajuste para os servidores e professores, a recomposição integral do orçamento da educação e derrubar o Arcabouço Fiscal




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