sexta-feira 17 de junho de 2016 | Edição do dia
Mais uma vez em nossa história o debate sobre as opressões toma pauta no mundo por conta de um massacre. Vimos nestes últimos dias desde pré candidatos à presidência dos EUA mascarando a homofobia de terrorismo, até pastores declarando publicamente o ódio aos LGBTS e destilando sua fé em apoio a fuzilamentos.
Também vimos atos internacionais em solidariedade as vítimas da homofobia, desde trabalhadores da USP até a cantora Lady Gaga. No Brasil centenas de LGBTS lançaram-se às ruas para prestar publicamente repúdio ao ocorrido, artistas de várias regiões também pronuciaram-se.
Nesta quarta-feira (15/06), o deputado golpista Marco Feliciano, apoiador de torturadores da ditadura, também publicou suas posições. Elas aparecem muito menos diretas do que a dos pastores norte americanos, mas caminham de mãos atadas contra os LGBTS. Vejam:
(Marco Feliciano em sua conta no Twitter)
A grande diferença é que Feliciano destila seu ódio aos LGBTS numa hipocrisia sem fundo. Num país onde em 2015 foram registrados 326 mortes por homofobia e começa 2016 com uma média de 1 LGBT morto a cada 22 horas (pesquisa do GGB), desviar o foco da homofobia e jogar com os fatos para tal, é compactuar com cada uma dessas mortes. É com base nessas discursos que acontecem todos esses fatos.
Não existe salvação para estes ditos "representantes do divino", nem em qualquer tipo de paraíso fantasioso, muito menos aqui. Mas infeslismente este tipo tem seu espaço junto ao governo golpista de Temer e qualquer coisa que sirva aos interesses do grande capital.
A saída que o povo LGBT tem das balas da homofobia está nas mãos dos que a sentem. É necessário ampliar a solidariedade nas lutas e barrar o avanço dessa "poeira da humanidade".
Temas
