A situação é de constante perseguição, segundo declarações de trabalhadores e jovens turcos. Qualquer um que aparente apoio ao golpe pode ser preso e o presidente Edorgan já declarou a possibilidade de reinstalar a pena de morte para os envolvidos no golpe.
Como desenvolvemos nesse artigo, a partir da repressão ao golpe, Erdogan se fortaleceu adquirindo apoio dos principais partidos de oposição, da maioria do exército e das centrais patronais, que conseguiram colocar uma importante base popular na rua, mobilizada contra o golpismo.
Num cenário internacional de profunda crise nos países centrais, contar com um aliado como Erdogan num país com o maior exército da OTAN depois dos EUA é fundamental para o imperialismo norte-americano, e a possibilidade do golpe se efetivar era um forte risco para a já instável influência norte-americana na região.
Mas da derrota do golpe e do fortalecimento de Erdogan só podem vir saídas ainda mais reacionárias para a população, que agora vive num país totalmente militarizado, sob uma caça às bruxas que logo mostrará sua verdadeira cara, que é a contenção da luta de classes.
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