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Palestina
Reacionário Estadão publica texto medíocre contra show de Roger Waters, duro crítico de Israel
João Paulo de Lima
Estudante de Ciências Sociais - UFRN

O Estadão, jornal porta-voz do chorume burguês conhecido por seu reacionarismo, sempre a favor dos ataques contra a classe trabalhadora, e agora ainda mais por seu sionismo à favor do genocida Estado de Israel contra o povo palestino, publicou um texto do jornalista Gabriel Zorzetto, que em toda a sua mediocridade, mostra o hipócrita incômodo do jornal pelas ferozes críticas que o cantor e compositor Roger Waters tece em suas músicas e performances contra os governos burgueses de direita e extrema-direita no mundo todo.

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O texto afirma que o cantor britânico, em sua apresentação no Brasil, apresenta um "excesso de militância", como se fosse um ponto negativo o fato de um artista expressar fortemente o seu ódio à toda forma de opressão. Aliás, como se sabe, não é de hoje que Waters usa sua arte como forma de protesto e posicionamento político, que vem desde a banda Pink Floyd, como se vê nos álbuns Animals (1977) The Wall (1979). O cantor, como o próprio artigo aponta, nos últimos anos vem veementemente se posicionando contra governos reacionários como de Temer, Bolsonaro, o democrata Biden e e republicano Donald Trump, ao mesmo tempo sempre homenageia vítimas da violência estatal, como a jornalista Shireen Abu Akleh, Eric Garner, George Floyd e no Brasil com Mestre Môa, Matheus Castro e Marielle

Segundo o jornalista, o excesso de carga política do show teria "fatigado" o público, que supostamente teria se impactado pelo pessimismo do artista.

"Estamos ferrados? talvez, mas não podemos desistir. Temos que desfrutar da nossa capacidade humanitária antes que seja tarde demais", diz cinicamente o jornalista, como se pudessemos esperar algo minimante humanitário desse chorume de ideologia burguesa que é o Estadão, e que longe de ser imparcial (coisa que não existe na política), sempre tomou o lado das classes dominantes, sempre defendeu os ataques do regime do golpe de 2016, como a reforma da previdência, a reforma trabalhista, e uma série de outros ataques, como o nefasto Marco Temporal contra os povos indígenas, além de ter sido abertamente contra a legítima greve da USP dos últimos meses.

Agora, o Estadão, junto com toda a mídia burguesa à serviço dos EUA, vem defendendo o genocídio levado adiante por Israel contra o povo palestino. Não é possível esperar nenhuma "capacidade humanitária" de um jornal burguês, como tenta pintar cinicamente o tal jornalista, já que o Estadão demonstra toda sua desumanidade ao defender todos os ataques contra a classe trabalhadora, a juventude e os povos oprimidos.

Após o assassinato de Marielle, Waters fez um show criticando Jair Bolsonaro, vestindo uma camiseta com a frase "Lute como Marielle Franco". Isso mostra que na verdade o pessimismo de Waters é apenas contra os Estados reacionários burgueses e suas figuras grotescas, ao qual denuncia de forma bastante legítima, depositando toda a sua confiança naqueles que lutam contra esses regimes, uma luta livre de todo pessimismo e resignação, muito diferente da ideia que o artigo tenta pintar sobre a arte de Roger Waters.

Nesse sentido, Waters é infinitamente mais humanitário do que qualquer jornalista que vende sua pena à soldo da burguesia reacionária, esta sim, completamente pessimista com um futuro de libertação da classe trabalhadora e dos povos oprimidos contra as guerras levadas adiante pelos burgueses defendidos pelo Estadão e demais jornais burgueses.

 
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